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Missão do FMI chega este mês avaliar cumprimento de metas

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) chega ao País no fim do mês para a quinta e última avaliação do atual programa com o Brasil. Será avaliado o cumprimento das metas estabelecidas para setembro e discutida a possibilidade de liberar mais US$ 8 bilhões em novembro. Mas a discussão mais importante é outra: se haverá ou não um programa para 2004. Embora o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, tenha falado sobre a conveniência de um novo acordo, e até discutido detalhes de como poderia ser, não há uma decisão oficial sobre o tema. O secretário do Tesouro, Joaquim Levy, está em Washington para "continuar os contatos" com o FMI. Principal negociador brasileiro, ele disse que um novo programa "é uma possibilidade". Palocci tem declarado que um novo programa com o FMI, se houver, será de caráter "preventivo". Embora a situação econômica e política do Brasil hoje seja distinta da que originou o programa com o Fundo em 1998, um novo acordo poderia funcionar como proteção adicional diante do humor variável dos mercados financeiros internacionais. Em 2004, segundo cálculos do Banco Central (BC), o Brasil precisará de US$ 33,4 bilhões em ingressos de capitais externos, que não são investimentos diretos, para fechar suas contas. Além disso, o nível das reservas internacionais do País, descontados os recursos do FMI, é considerado baixo: US$ 18 bilhões. Seriam bons motivos para um novo programa. Por outro lado, a perspectiva positiva quanto ao desempenho da economia brasileira em 2004 poderia dispensar um novo acordo. "As indicações do BC dão bastante conforto ao País", disse Levy. Além disso, o País pode contar com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Mundial (Bird). Em setembro, quando esteve em Dubai, nos Emirados Árabes para a reunião anual do FMI e do Bird, Palocci disse que um eventual novo programa teria duração de um ano, e as parcelas não seriam sacadas, ao contrário do que ocorre neste ano. O maior diferencial de um novo acordo, se houver, será a inclusão de aspectos sociais. "As metas sociais são centrais às políticas do atual governo", disse Levy, sem detalhar como eles serão tratados e sem confirmar que haverá novo programa.

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