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Missão do FMI está no Brasil para avaliar economia do País

Por Agencia Estado
Atualização:

Pouco mais de seis meses após o Brasil ter encerrado o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), uma missão da instituição multilateral chegou nesta segunda-feira ao País para avaliar as condições da economia nacional. A missão, que se reuniu com integrantes do ministério da Fazenda, é chefiada por Charles Collyns e ficará no Brasil durante toda a semana, visitando, além da Fazenda, os ministérios do Planejamento e Previdência e o Banco Central. Segundo o secretário de Assuntos Internacionais do ministério da Fazenda, Luiz Pereira da Silva, no primeiro dia de reuniões houve algumas apresentações de ambas as partes e integrantes do governo reafirmaram compromissos com os pilares da política econômica atual - o superávit primário, por exemplo. Segundo ele, a missão do Fundo que visita o Brasil faz o acompanhamento de países que devem à instituição mais do que a cota a que teriam direito como seu associado. A cota do Brasil no FMI é de US$ 4,4 bilhões, mas o País deve atualmente cerca de US$ 15,5 bilhões. Quando terminou o acordo com a instituição, o Brasil devia mais de US$ 20 bilhões, valor que se reduziu em julho por conta de um pagamento antecipado de US$ 5,12 bilhões à instituição. No ano que vem, a previsão é de que o Brasil amortize cerca de US$ 7 bilhões e, em 2008, mais de US$ 8 bilhões. O Brasil encerrou seu acordo com o FMI em 22 de março deste ano, decisão intensamente comemorada pelo governo. Mas a saída do Fundo não significou mudança no padrão de ortodoxia imprimido pela área econômica. O superávit primário (economia que o governo faz para o pagamento de juros), que na vigência do acordo era o principal referencial para as avaliações periódicas da instituição sobre o País, acumulou até agosto a marca de 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB), o que representou um corte de gastos de R$ 78,9 bilhões. Na atual visita do FMI, além do elevado superávit primário, o governo também deve apresentar como conquistas da política econômica o superávit comercial e de transações correntes, determinado principalmente pelo crescimento das exportações. Também pesará a favor do País a redução da parcela da dívida pública interna corrigida pelo câmbio, que reduziu sensivelmente a vulnerabilidade do País aos humores do mercado externo.

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