PUBLICIDADE

Missão egípcia no País fecha acordos de intenção de negócios

Órgão responsável pela atração de investimentos no Egito oferece tributação reduzida para empresas brasileiras

Por Giuliana Vallone
Atualização:

O Egito realizou nesta semana a primeira missão técnica do país no Brasil, com o objetivo de atrair investimentos brasileiros e estreitar as relações comerciais com as empresas e entidades brasileiras. Para isso, ofereceu uma redução de tributação para as empresas que decidirem investir no país. Os encontros no País renderam dois acordos de intenções: um entre a General Authority for Investment (GAFI) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) e outro entre a Industrial Development Authority (IDA) e o Sindipeças.

 

Veja também:

 

PUBLICIDADE

Segundo a vice-presidente da GAFI, órgão responsável pela atração de investimentos internacionais no Egito, Neveen El Shafei, os acordos visam "aumentar e fortalecer a relação entre as instituições através de trocas de informações e oportunidades de negócios".

 

A missão estava inicialmente marcada para acontecer no segundo semestre de 2008, mas foi adiada em decorrência do início da crise econômica. Questionada sobre qual a importância dos acordos com o Brasil em meio à crise, Neveen afirmou que, "em um momento como esse, é preciso fazer uso das oportunidades que aparecem e o Egito reconheceu a importância de aumentar os investimentos recebidos de diversos países do mundo."

 

"O Brasil é o maior exportador de capital em vários mercados, como China, Argentina. Eu acho que foi um momento bastante oportuno para captar os investidores brasileiros", disse ela. Durante os encontros, a GAFI ofereceu benefícios para as empresas investirem no Egito, como uma redução de 42% para 20% na tributação de empresas.

 

"Observamos os investimentos do Brasil nos últimos anos e vimos que o País vem investindo em alguns países da África, como a Argélia. Não vemos razão para o Egito não captar esses investimentos também", completou Neveen.

 

Segundo a GAFI, os setores de fertilizantes, alimentos, gado vivo e equipamentos agrícolas demonstraram interesse em investimentos e parcerias. A fabricante brasileira de equipamentos agrícolas, Guarany, quer começar a exportar para o Egito, para depois estabelecer alguma parceria para produzir no país.

Publicidade

 

Outra empresa que mostrou interesse foi o frigorífico Minerva, que já exporta carne para o mercado árabe e buscou as oportunidades de exportação de gado vivo para posterior abate e produção de carne no país árabe.

 

Mercado financeiro

 

Neveen ainda teve encontros com representantes de alguns bancos no País, como o Banco Central, BNDES, Bradesco e UBS e HSBC e da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Segundo ela, eles esses encontros serviram para entender melhor o cenário macroeconômico e o mercado de ações do Brasil, "que é um dos maiores do mundo", afirmou.

 

Além disso, segundo ela, o encontro na Bovespa serviu para explorar possibilidades de cooperação entre a Bolsa brasileiro e a Bolsa egípcia. "A missão no Brasil superou minhas expectativas. Em pouco tempo, conseguimos cobrir diversas áreas de negócios", concluiu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.