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Mittal avalia opções após resposta da CVM sobre Arcelor BR

A empresa defende uso do Ebitda (geração de recursos apenas em sua atividade) para definir preço de referência da oferta pública pelas ações da Arcelor

Por Agencia Estado
Atualização:

A Arcelor Mittal afirmou nesta terça-feira, 13, em nota, que "se surpreendeu com a resposta da CVM e continua acreditando que o Ebitda (quanto a empresa gera de recursos apenas em sua atividade, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos) é o mecanismo mais apropriado para definir o preço de referência da oferta pública (pelas ações da controlada Arcelor Brasil)". A empresa informou que recebeu o comunicado da autarquia, "está avaliando as suas opções e divulgará seus comentários em um momento futuro". A controladora tem até 27 de fevereiro para se manifestar sobre o assunto, conforme determinação do órgão regulador. A CVM divulgou estimativa de que o valor total da oferta seria hoje de R$ 51,27 por ação da Arcelor Brasil - montante 50,8% maior do que os cerca de R$ 34 (12,11 euros) por papel propostos pela Arcelor Mittal, conforme o cálculo baseado no múltiplo EV/Ebitda de 5,5 vezes. A autarquia explicou ter optado pelo critério de valor de mercado para balizar a oferta pública da Arcelor Brasil por não ter encontrado na documentação da Arcelor Mittal na Europa nada que indicasse que o conceito de EV/Ebitda foi usado na preparação da operação. Em entrevista à Agência Estado, o superintendente da área de Registro da autarquia, Carlos Alberto Rebelo, explicou que o preço estimado de R$ 51,27 para a OPA é apenas um retrato da situação agora, com base no critério considerado correto pela CVM. Entretanto, esse valor deve sofrer influência de outros fatores, como um eventual ajuste de dividendos pagos, a oscilação no preço do papel e a correção monetária do período.

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