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Mittal não vê chance de comprar siderúrgicas no Brasil

Por Adriana Chiarini
Atualização:

O presidente do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva do grupo de siderurgia ArcelorMittal, Lakshimi Mittal, afirmou hoje que a estratégia do grupo no Brasil é de crescimento orgânico. Ou seja, os US$ 5 bilhões a serem investidos no País, anunciados hoje pelo empresário, incluem manutenção e ele não vê oportunidades de compra de siderúrgicas no País. Ele citou a Gerdau e a CSN para dizer que as empresas do setor no Brasil são bem administradas e estão em crescimento. A ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico mundial, está negociando com a Vale do Rio Doce a ampliação do fornecimento de minério de ferro da mina de Andrade (MG) para permitir o aumento da produção siderúrgica da ArcelorMittal Aços Longos na planta do município de João Monlevade (MG), informou Mittal. Em entrevista esta tarde, ele disse que o Conselho aprovou a construção de um novo alto-forno em Monlevade para expandir em mais de um milhão de toneladas por ano a produção de aços longos, que hoje é de 1,2 milhão de toneladas. De acordo com o presidente da ArcelorMittal Brasil, José Armando Campos, a produção de Monlevade deve ser duplicada. Para cada um milhão de toneladas de aço é preciso 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro, segundo Campos. Mittal disse que o Conselho decidiu transformar a ArcelorMittal Tubarão (antiga CST) em uma plataforma de crescimento para produtos planos na América do Sul. Para isso, a empresa fará investimentos como a de um novo laminador de tiras a quente, que ampliará a produção de planos para quatro milhões de toneladas por ano. Mittal disse também que não há decisão do Conselho de Administração sobre fechar o capital da ArcelorMittal Timóteo, antiga Acesita. A empresa não participa da ArcelorMittal Brasil - integrada por Tubarão (CST), Aços Longos (Belgo) e Vega do Sul - que tem o capital fechado. *A repórter viajou a Serra (ES) a convite da ArcelorMittal

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