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Momento é de cautela para o investidor

Os investidores devem estar atentos ao cenário argentino. O momento é de cautela. Para quem não quer correr risco, os fundos DI é a melhor opção. Na Bolsa, há papéis bem abaixo do preço-alvo definido por analistas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar de muito importante, a decisão do Banco Central dos Estados Unidos (FED) de reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto porcentual - de 5,5% para 5,0% ao ano - fica em segundo plano nesse momento de forte turbulência na Argentina. Para quem vai decidir por sua aplicação agora, as atenções também devem estar voltadas para o país vizinho. De acordo com Luiz Rabi, economista-chefe do BicBanco, os problemas da economia norte-americana estão mais controlados. "Na Argentina, é necessário uma reestruturação que passa por acordos políticos e econômicos, o que dificulta uma melhora do cenário", avalia Nesse período de forte instabilidade, Fernando Aoad, gerente de análise de investimentos do HSBC Investment Bank Brasil, avalia que os fundos pós-fixados (DI) são a melhor opção para quem não quer correr riscos. Já os fundos de renda fixa prefixados, que vinham atraindo a maior parte do investidores devido à tendência de queda das taxas de juros, oferecem um risco maior agora, segundo Aoad. "A situação na Argentina está provocando uma alta nas taxas de juros futuros. Com isso, num ambiente de alta nas taxas, as carteiras com juros prefixados podem sair perdendo", avalia. Veja mais informações sobre esses riscos no link abaixo. Para quem pode ficar com o dinheiro investido pelo menos até o final do ano, ações são a recomendação do executivo. "Os papéis estão muito baratos. O investidor pode aumentar sua parcela de recursos destinada à Bolsa, pois assim pode conseguir um ganho mais alto", explica. Júlio Ziegelmann, diretor de renda variável da BankBoston Asset Management, também considera o investimento em ações uma indicação para quem tem tolerância ao risco e não tem um período definido para resgate. Segundo o executivo, a perspectiva de valorização do Ibovespa - Índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bovespa - é de 45% até o final do ano. Papéis em destaque Entre os papéis que Aoad avalia estarem baratos e, portanto, com boas perspectivas de ganho, Aoad destaca as ações da Petrobras, Telemar, Brasil Telecom Participações, Telesp Celular, Sabesp, Light, Cemig, Gerdau, Perdigão e Aracruz. "Todos eles devem superar o rendimento do Ibovespa", afirma. Para Ziegelmann, os papéis com as maiores chances de ganhos são Telemig (telefonia fixa), Ultrapar e Coteminas.

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