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Montadoras dão férias coletivas a mais de 60 mil

A parada de fim de ano está mais longa e há casos de descanso remunerado de até quatro meses

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Mais de 60 mil metalúrgicos das montadoras terão férias coletivas neste fim de ano, de acordo com anúncios já feitos pelas empresas. A diferença em relação a anos recentes é que, desta vez, as paradas serão mais longas. Em algumas empresas, chegam a 50 dias, distribuídos entre os meses de novembro, dezembro e janeiro. A PSA Peugeot Citroën, de Porto Real (RJ) vai deixar em casa uma equipe de 700 operários por quatro meses a partir de dezembro. Em 2007, algumas fabricantes nem sequer pararam no período de festas. As que deram folgas, limitaram a dispensa a três semanas. Segundo um porta-voz da PSA, a equipe operava o terceiro turno de trabalho na fábrica fluminense, iniciado há um ano, quando o mercado de carros estava aquecido. "Se as vendas reagirem, eles serão convocados para voltar antes do prazo", disse. Da equipe de 3,5 mil funcionários, 3,3 mil terão férias de um mês, a partir de 8 de dezembro. Os 700 do terceiro turno, além das férias coletivas, ficarão mais três meses em licença remunerada. Até o dia 25, as vendas de veículos caíram quase 24% em relação ao mesmo período de outubro, mostrando que o esforço dos governos federal e estadual em liberar dinheiro de bancos públicos para o financiamento ainda não surtiu efeito. Até essa data, foram vendidos 144 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. As quatro maiores montadoras do País - Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford - estão intercalando paradas em todas as fábricas no País, de acordo com a linha de produto. Os 5,2 mil funcionários da GM e dos fornecedores que operam dentro da fábrica de Gravataí (RS) ficarão em casa por cerca de 50 dias. Um grupo de 5 mil metalúrgicos da unidade de São Caetano (SP) completarão 45 dias de dispensa. Entre as montadoras, faltam confirmar férias a Mercedes-Benz, de São Bernardo do Campo (SP), e a Volkswagen Caminhões, de Resende (RJ). Nas unidades de automóveis da VW, haverá parada de 20 a 30 dias de quase todo o contingente de 11,7 mil funcionários em São Bernardo, divididos em três equipes. Também haverá férias na filial do Paraná, de São Carlos (SP) e, possivelmente, de Taubaté (SP). No ano passado, essas duas últimas unidades não pararam.

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