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Montadoras e governo discutem pacote de crédito

Por AE
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Às vésperas da reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para montar um pacote de retomada do crédito para a compra de veículos, a General Motors anunciou ontem férias coletivas para mais de 10 mil funcionários das fábricas de São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS). Ficarão em casa por 16 dias em novembro os 5,2 mil funcionários da filial gaúcha onde são feitos Celta e Prisma. Em São Caetano, a dispensa atingirá 5 mil empregados das linhas de Astra, Classic, Corsa, Montana e Vectra. Eles param de trabalhar na segunda-feira e retornam dia 18 de novembro. Cerca de 24 mil carros deixarão de ser produzidos. Segundo a GM, a medida é para adequar estoques diante da "restrição de crédito que já impacta as vendas de veículos no mercado interno". A empresa espera "que a atual situação seja passageira e volte à normalidade em dois a três meses". A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mantega e Meirelles discutirão com as montadoras medidas para a liberação de dinheiro extra destinado ao financiamento de carros novos e usados por parte do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A reunião será realizada em São Paulo e os executivos do setor esperam sair de lá já com um pacote de medidas concretas. O governador de São Paulo, José Serra, disse na quarta-feira, durante a abertura do Salão do Automóvel, no Anhembi, que a Nossa Caixa também participará do esforço de reativação do crédito ao setor. Além da já anunciada possibilidade de compra de carteira de clientes por parte do BB e da Caixa, as montadoras esperam uma linha especial para financiamento ao consumidor que permita a volta da oferta de juros mais baixos, prazos mais longos e menos restrição ao crediário. Cerca de 70% da venda do setor é financiada. A farta disponibilidade de financiamento no mercado antes da explosão da crise internacional vinha contribuindo para sucessivos recordes de venda de veículos. Em outubro, pela primeira vez no ano, os negócios tiveram queda em relação ao mesmo período de 2007. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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