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Montadoras não se comprometem a não demitir, diz ministro

Segundo Miguel Jorge, desoneração será repassada aos preços, mas não gera compromisso de evitar demissões

Foto do author Adriana Fernandes
Por Fabio Graner , Adriana Fernandes , Renata Veríssimo e da Agência Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta quinta-feira, 11, que as montadoras se comprometeram a repassar para os preços ao consumidor as reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis, mas não há compromisso de não demitir os trabalhadores. "Não é uma contrapartida, será um esforço das montadoras para manter o emprego. E nós acompanharemos o nível de emprego do setor", afirmou.   Veja também: Governo muda IR e corta IOF para aumentar consumo BC usará reservas para ajudar empresas com dívidas externas Governo reduz imposto e ajuda montadora para evitar demissão Anúncio de medidas nesta 5ª não esgota arsenal do governo Desemprego, a terceira fase da crise financeira global De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    A desoneração do IPI, segundo Miguel Jorge, já valerá a partir desta sexta e se encerra em 31 de março de 2009. "E isso é de fácil verificação. Se não houver transferência para os preços, chamaremos o setor para discutir a situação", disse.   A nova tabela do IPI para automóveis que vale até março do ano que vem é a seguinte: carros de até 1.000 cilindradas terão alíquota reduzida de 7% para 0%; carros acima de 1.000 até 2.000 cilindradas movidos à gasolina terão IPI reduzido de 13% para 6% e movidos a álcool ou flex, de 11% para 5,5%; carros acima de 2.000 cilindradas terão IPI mantido em 25% para os à gasolina e em 18% para os a álcool e flex; picapes de até 1.000 cilindradas terão redução do IPI de 8% para 1%; e de 1.000 até 2.000 cilindradas terão redução geral de 8% para 4% no IPI.   O Ministério da Fazenda estima que a desoneração temporário do IPI para automóveis vai significar uma renúncia fiscal de R$ 1 bilhão.

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