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Montadoras pressionam Bush contra política do Japão

Por Agencia Estado
Atualização:

As três maiores montadoras do Estados Unidos enviaram uma carta ao presidente George W. Bush, solicitando a ele que pressione o Japão para interromper a "política" de desvalorização do iene. A informação é do chefe da associação da indústria automotiva norte-americana, segundo o jornal local Kyodo News. O presidente da Automotive Trade Policy Council, Stephen Collins, disse que as montadoras enviaram a carta "expressando muita preocupação" com relação aos prejuízos causados às indústrias automotivas dos Estados Unidos pela política do governo japonês de forçar a desvalorização do iene. Collins disse que ele e representantes das três montadoras DaimlerChrysler Corp., a unidade norte-americana da alemã DaimlerChrysler AG, Ford Motor Co. e General Motors Corp. pretendem se encontrar com representantes da Casa Branca na próxima semana para discutir o assunto, antes da viagem do presidente Bush ao Japão, entre 17 e 19 de fevereiro. A carta, assinada pelos executivos-chefe das três empresas, pede a Bush para que "diga às autoridades japonesas que os Estados Unidos não apóiam a estratégia de utilizar um iene mais fraco como substituto de uma apropriada e urgente reforma interna", afirmou Collins. Reclamação As indústrias dos Estados Unidos vêm há tempos acusando o governo japonês de intencionalmente permitir a desvalorização do iene com o intuito de deixar as exportações de produtos locais mais baratas. As autoridades financeiras do Japão têm argumentado que não estão direcionando a política econômica a um iene mais fraco, mas que é importante que as taxas de câmbio reflitam os fundamentos econômicos. Com a economia do Japão em forte recessão, e tendência a continuar assim no futuro imediato, diversos players do mercado decidiram vender ienes. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O´Neill, já disse que não aprova as reclamações com relação ao um dólar forte, e que as empresas competentes podem resolver os seus problemas independentemente das taxas de câmbio estrangeiras. As informações são da Dow Jones.

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