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Montadoras reduzem período de férias

Por e João Carlos de Faria
Atualização:

As fabricantes de veículos terão período reduzido de férias coletivas neste fim de ano, a exemplo do que ocorreu em várias delas em 2009. Normalmente, a parada média era de 20 dias e este ano será de 10. O setor se prepara para confirmar produção recorde de 3,64 milhões de veículos, 14,4% ante o ano passado.A maioria dos funcionários das quatro fábricas da Volkswagen em São Bernardo do Campo, Taubaté e São Carlos (SP) e no Paraná só vai parar três dias no Natal e três no Ano Novo, informou a empresa. Alguns terão dez dias de descanso, que foram compensados, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.Na General Motors, os trabalhadores de São José dos Campos (SP) terão uma semana de folga, enquanto em São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS) haverá férias de duas semanas. Segundo a montadora, são períodos similares aos do ano passado.Dez dias também é o período em que os empregados da unidade de automóveis da Ford de São Bernardo do Campo e de Camaçari (BA) ficarão em casa. Já a unidade de caminhões do ABC, que no ano passado parou por duas semanas, não terá a produção interrompida, a não ser nos fins de semana.A mineira Fiat dispensará o pessoal por 10 dias, em média, repetindo estratégia do ano passado. Na Renault/Nissan, no Paraná, serão duas semanas de férias. O período mais longo de dispensa, de 20 dias, será na fábrica da PSA Peugeot Citroën, em Porto Real (RJ), outra que não alterou as férias coletivas de 2009.A curta parada nas três montadoras do Vale do Paraíba (Ford, GM e Volkswagen, que juntam empregam 15,5 mil trabalhadores), preocupa os sindicalistas locais que reivindicam mais contratações para diminuir a carga horária dos funcionários."Produzimos 50 mil veículos a mais que no ano passado, nas plantas daqui e de São Caetano, com 2,4 mil trabalhadores a menos", reclama o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros.Segundo ele, os trabalhadores fizeram diversas discussões e vão exigir a abertura de pelo menos 1,5 mil vagas na unidade local da GM em janeiro. O número de lesionados e acidentes de trabalho aumentou por causa do ritmo acelerado de produção, disse Barros, sem dar números.O setor de eletroeletrônicos em Manaus (AM) também opera a todo vapor e cerca de 80 mil trabalhadores serão dispensados apenas por 10 dias. No ano passado foram 20 a 30 dias, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Zona Franca.

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