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Monteiro Neto e Gerdau criticam aprovação da CSS

Por ROSANA DE CASSIA E BETH MOREIRA
Atualização:

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, que integra a base aliada do governo, como deputado do PTB de Pernambuco, lamentou a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da Contribuição Social para a Saúde (CSS). "Não há mais razão para se elevar a carga tributária no Brasil. E não vamos resolver os problemas das áreas críticas, como a da saúde, pura e simplesmente criando tributos", afirmou o deputado, ressaltando a necessidade de se aumentar a eficiência do gasto público. Por meio de nota divulgada por sua assessoria, Monteiro Neto observou que, apesar de aprovada pelo plenário da Câmara, a batalha ainda não está perdida, porque depende de votação do Senado. "Há a esperança de que o Senado Federal possa finalmente vir a derrubar essa recriação da CPMF. É com essa expectativa que nós trabalhamos",afirmou Monteiro Neto, que defende a urgência de uma reforma tributária. Gerdau O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, conselheiro do Grupo Gerdau, considerou "um absurdo" a aprovação da CSS na Câmara. Segundo o empresário, que participa hoje do Congresso da Indústria 2008, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é contraditório que, enquanto o governo trabalhe em um projeto de reforma tributária para unificar os impostos, haja a criação da contribuição de um novo encargo. "O que o Brasil precisa para elevar sua competitividade é acabar com as novas contribuições, porque a carga tributária hoje já é extremamente elevada", declarou. Na opinião de Gerdau, a nova contribuição não deverá passar no Senado. De acordo com ele, quando a nação tomar consciência da criação do novo imposto, "haverá uma pressão para que ele não seja aprovado no Senado". Ele lembrou ainda que há uma discussão jurídica sobre o tema, que questiona se o imposto poderia ser aprovado dessa forma. O executivo citou ainda que a proposta do empresariado é de que haja maior transparência na cobrança dos impostos, de modo que a nação saiba o que está pagando.

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