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Moody's e Fitch esperam alternativa à CPMF para avaliar Brasil

Por VANESSA STELZER
Atualização:

A não-prorrogação da CMPF é negativa, mas por enquanto não altera a visão das agências de classificação de risco sobre o Brasil. Moody's e Fitch esperam agora o governo colocar em prática a promessa de que manterá a responsabilidade fiscal. "Isso não afetará a capacidade de pagamento do Brasil. Se pensássemos que afetaria, reduziríamos a perspectiva do rating do Brasil", disse à Reuters Mauro Leos, analista sênior da Moody's Investor Services para a América Latina. "É um evento negativo... A Moody's não fala sobre se isso afetará os ratings futuros. Vamos ver nos próximos dias como se transformam em ações o que o ministro (da Fazenda) disse", acrescentou Leos, ao ser questionado se o grau de investimento para o Brasil será adiado. O Brasil está a um passo do grau de investimento na avaliação das principais agências de rating. Um dia após o governo perder a batalha pela prorrogação da CPMF, o ministro Guido Mantega garantiu que o governo não vai reduzir a meta fiscal. O fim da CPMF representa uma perda anual de cerca de 40 bilhões de reais em receitas. A diretora sênior da Fitch Ratings, Shelly Shetty, ressaltou que uma eventual redução no superávit primário prejudicaria a dinâmica da dívida pública. Se o Brasil decidir por cortes de gastos, acrescentou ela, é necessário que eles não sejam feitos nos investimentos, o que poderia abater o crescimento econômico. "Embora a não-prorrogação da CPMF não seja um sinal positivo para o bom momento dos ratings do Brasil, a Fitch ainda está esperando um plano B do governo antes de avaliar as perspectivas", afirmou Shelly em nota. A agência de classificação de risco Standard & Poor's não estava imediatamente disponível para comentar o fim da CPMF. (Edição de Daniela Machado)

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