BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, pressionou as empresas que atuam na ponta a reduzirem os preços dos combustíveis e do gás de cozinha, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Após uma série de reuniões, Moreira Franco recebeu, por último, representantes das principais empresas do setor, que atuam na ponta e fazem a venda ao consumidor final.
Na reunião, o ministro teria dito que há um "vício de estrutura" no setor e que o modelo "não está funcionando". De acordo com o ministro, a Petrobras relatou que a queda do preço de venda das refinarias não tem sido repassada ao consumidor, e que esse seria um problema "recorrente".
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Os executivos deixaram a sede do ministério com pressa e sem falar com a imprensa. Alguns se recusaram até mesmo a responder se eram representantes das distribuidoras. Nenhum deles respondeu se o ministro fez essa cobrança ao setor.
Participaram da audiência, segundo a agenda do MME, os seguintes executivos: do Sindigas (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo), Sérgio Bandeira de Mello; do Sindicom Plural (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo), Leandro Barros Silva; do Brasilcom (Associação das Distribuidoras de Combustíveis), Sérgio Massillon, Carlos Germano e Sebastião do Carmo Lara; da Raizen, Claudio Oliveira.
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Por meio de sua assessoria de imprensa, o ministro Moreira Franco disse que não pressionou as distribuidoras a reduzirem seus preços. Segundo a assessoria, o ministro apresentou questionamentos a todos que integram a cadeia de fornecimento de combustíveis e cobrou soluções de curto, médio e longo prazo. De acordo com o MME, novas reuniões sobre o tema devem ocorrer nesta semana.