27 de junho de 2012 | 03h05
Memória
Faleceu na manhã de ontem no Rio de Janeiro o engenheiro Marcos Pereira Vianna, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de outubro de 1970 a março de 1979.
Em nota oficial, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, classificou Marcos Vianna como "um dos presidentes mais importantes que o BNDES teve em seus 60 anos de história".
Vianna tinha 78 anos e presidiu o banco de fomento estatal durante a gestão do ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso no Ministério do Planejamento.
Velloso foi titular da pasta de 1969 a 1979. Antes de assumir a presidência do BNDES, Marcos Vianna foi secretário executivo do ministério, contribuindo com a formulação da política econômica.
Desafios. Ao longo de sua gestão à frente do BNDES, Marcos Vianna conviveu com dois presidentes militares - Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel. Ele deixou o cargo quando o general João Batista Figueiredo assumiu a presidência da República.
O ex-presidente do BNDES enfrentou diversos desafios da economia mundial na época da sua gestão.
As principais foram o abandono, pelos Estados Unidos, do padrão-ouro e os choques do petróleo, que tiveram grande impacto sobre a economia brasileira, no fim do ciclo do chamado 'milagre econômico".
Nesse contexto, o BNDES atuou na política de substituição de importações.
"Tenho certeza de que o Brasil não seria o mesmo sem o trabalho árduo pelo desenvolvimento de nosso País realizado por ele ao longo dos quase nove anos em que esteve à frente desta casa", afirmou Luciano Coutinho na nota oficial. "Sua contribuição também foi muito relevante na formação de quadros que ajudaram o BNDES a se tornar um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo."
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