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Motorista morre após disparar em fiscalização contra aftosa

Motorista não atendeu à ordem de parada na barreira e, por isso, foi seguido. Ele atirou em policial e veterinário. Policial teria reagido aos disparos, quando atingiu o motorista, que morreu.  Veja gráfico

Por Agencia Estado
Atualização:

O motorista de caminhão Alvício Somavila morreu ontem, por volta de 17h30, após trocar tiros com policial que participava de uma barreira sanitária móvel em Porto Xavier, na fronteira noroeste do Rio Grande do Sul. A cidade é separada da Argentina pelo rio Uruguai. A fiscalização móvel, formada por um veterinário acompanhado do policial, detectou o caminhão que transportava três bovinos na chamada Linha Divisa, uma estrada vicinal sem asfalto no interior de Porto Xavier. O motorista, conforme relato da Brigada Militar, não atendeu à ordem de parada na barreira e, por isso, foi seguido. Quando parou em uma propriedade, o veterinário solicitou a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para o transporte. O motorista afirmou que não possuía o documento, mas iria até a cabine do veículo para resolver o problema, de onde voltou atirando. O policial foi atingido na altura do abdômen - o tiro parou no colete à prova de balas -, além de outro disparo superficial. O veterinário foi baleado na perna esquerda. O policial teria reagido aos disparos, quando atingiu o motorista, que morreu. O comandante do 14o Batalhão Policial Militar, ao qual pertence Porto Xavier, Valdir Rörig, informou que os dois receberam atendimento médico e não precisaram ficar internados. O comandante disse que o motorista tinha antecedentes criminais e estava em liberdade condicional. A Brigada Militar não encontrou documentos indicando a origem ou o destino dos animais, que foram apreendidos pela Secretaria da Agricultura e ficaram depositados na propriedade rural onde parou o veículo. Ações de prevenção Em Porto Xavier, a fiscalização sanitária mantém uma barreira fixa no porto, por onde ingressam veículos vindos da Argentina, que são desinfectados. A fiscalização por barreiras fixas e móveis faz parte das ações de prevenção contra a aftosa, reforçadas depois que foi confirmado o primeiro caso da doença em Eldorado (MS).

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