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Mourão defende que Brasil 'saiba se posicionar' e receba investimento chinês

Vice-presidente afirma que Huawei não apresenta nenhum problema para o Brasil

Foto do author Beatriz Bulla
Por Beatriz Bulla e Ricardo Leopoldo
Atualização:

BOSTON - O vice-presidente, general Hamilton Mourão, defendeu as relações de comércio do Brasil com a China, nos Estados Unidos. “O Brasil tem que saber se posicionar nesse mundo em que vivemos, um mundo globalizado, de intensa competição”, afirmou Mourão a jornalistas em Boston, onde está para participar do Brazil Conference, evento organizado por alunos brasileiros das universidades de Harvard e do MIT.

Mourão manteve a posição de Paulo Guedes ao dizer que o Brasil continuará a comerciar com os chineses Foto: Mauro Pimentel/AFP

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“Temos que lembrar que eles importam 32% de tudo o que exportamos, precisamos melhorar a qualidade do que exportamos para lá, colocar valor agregado e não pura e simplesmente commodites e utilizar o capital chinês que está aí aberto para investir. É uma relação em que o Estado brasileiro tem que saber se posicionar”, disse Mourão.

Durante o governo do presidente Donald Trump, os Estados Unidos entraram em uma queda de braço com a China e os americanos se preocupam com a influência dos chineses na América Latina. Por isso, falas do presidente Jair Bolsonaro críticas ao comércio do Brasil com a China são bem vistas no governo americano. O ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, já afirmou que o País continuará a comerciar com os chineses.

O vice-presidente afirmou que a empresa chinesa de telecomunicações, Huawei, “não apresenta nenhum problema para o Brasil e nem foi objeto de discussão durante a passagem do Bolsonaro pelos Estados Unidos”.

Mourão destacou a boa relação do Brasil com os EUA, “aliados tradicionais”, mas afirmou que é preciso levar em conta o poder da China. “O Império do Meio, que tem três mil anos de historia, tem muito a nos ensinar”, disse Mourão. 

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