12 de abril de 2019 | 10h33
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou em entrevista à Rádio CBN que a determinação do presidente Jair Bolsonaro para a Petrobrás recuar do reajuste no diesel foi um caso "isolado". Mourão disse crer em bom senso e que não se repetirá a política de preços adotada do governo Dilma Rousseff (PT).
Horas depois de anunciar o aumento do preço do diesel, a Petrobrás na noite de quinta-feira (11) voltou atrás e informou que manterá "por mais alguns dias" o preço praticado desde 26 de março, quando mudou sua política de reajustes.
No mês passado, diante do risco de nova greve dos caminhoneiros, a empresa anunciou que os preços do diesel nas refinarias, que correspondem a cerca de 54% do total pago pelo consumidor, passarão a ser reajustados "por períodos não inferiores a 15 dias". Nesta quinta, exatos 15 dias úteis depois do anúncio, a Petrobrás anunciou reajuste de 5,7%. O litro passaria de R$ 2,1432 para R$ 2,2662.
Sobre a reforma da Previdência, o vice-presidente disse acreditar que o projeto será aprovado por agosto. "Julgo que a reforma da Previdência vai estar aprovada por agosto. Meu aniversário é dia 15 de agosto. Pode ser que eles me deem esse presente", brincou.
Mourão disse ainda que o presidente Jair Bolsonaro deve liderar essa articulação por ser uma pessoa oriunda do Congresso. "Vejo que, de duas semanas para cá, ele passou realmente a buscar os presidentes dos partidos. Ele começou buscando as bancadas temáticas e acho que não deu muito certo, agora ele está buscando partidos. O presidente está tentando construir maiorias transitórias em torno dos temas caros ao governo."
Em relação ao desabamento de dois prédios na Zona Oeste do Rio na manhã desta sexta-feira, 12, Mourão disse que essa é uma questão "afastada" para o governo federal. "O que sobra para o governo federal é mais um auxílio ao Estado na busca pelos corpos das pessoas que estavam no prédio e no prazo maior a cooperação na segurança pública", disse, em referência à tragédia na área comandada por milícias.
Mourão ainda considerou "inadmissível que existam lugares que as forças legais e os próprios trabalhadores de companhia de luz, gás e água não possam entrar".
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.