13 de novembro de 2020 | 19h52
BRASÍLIA - O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que as empresas brasileiras serão cobradas por melhorias ambientais, sociais e de governança. Segundo ele, crimes ambientais deixam o País vulnerável a campanhas difamatórias e abrem caminhos para que interesses "protecionistas" levantem barreiras comerciais "injustificáveis" contra exportações brasileiras.
"O compromisso com a preservação ambiental passou a contar da agenda pública mundial, de empresas e governos estrangeiros. Cada vez mais as empresas brasileiras serão cobradas a apresentar melhores credenciais ambientais, sociais e de governança", disse durante participação no encerramento do 39º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex).
"Nosso agronegócio é altamente competitivo e fornece segurança alimentar para pessoas mundo a fora. Os mais altos padrões de qualidade e respeito ao meio ambiente são exigidos por empresas e consumidores que confiam em nossos produtos. Por essa razão, crimes ambientais deixam nosso País vulnerável a campanhas difamatórias", disse.
À frente do Conselho da Amazônia Legal, ele afirmou que o grupo tem como prioridade imediata o combate ao desmatamento ilegal e às queimadas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de fogo na Amazônia registradas neste ano já superou todas as ocorrências nos 12 meses de 2019.
"Como se não bastasse o prejuízo ao patrimônio natural brasileiro. O desmatamento e as queimadas prejudicam nossa imagem internacional e afetam os mais diferentes setores de nossa economia. Com consequências para nossa capacidade de exportar e atrair investimentos", afirmou.
Mourão voltou a defender o desenvolvimento de mais negócios ligados à bioeconomia na região. "Necessitamos de melhorias no ambiente de negócios, na infraestrutura e no financiamento para disseminação de alternativas de emprego e renda em atividades ambientais sustentáveis", disse. "É o caminho para que a Amazônia ingresse na era da economia do conhecimento".
Segundo ele, o Conselho da Amazônia definiu, com orientação do presidente Jair Bolsonaro, três principais linhas de ação. Entre elas, a identificação de atividades que podem ser expandidas com produtos e serviços já conhecidos e o aprimoramento da infraestrutura sustentável de portos e aeroportos, para assegurar a mobilidade.
"Estamos alinhando instituições financeiras, público e privadas, nacionais e internacionais, de modo a mobilizar recursos de financiamento para os diferentes projetos de desenvolvimento da Amazônia. Nosso êxito internacional dependerá de nossa capacidade de levar adiante projetos de modernização do Estado e de desenvolvimento da economia."
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13 de novembro de 2020 | 20h03
BRASÍLIA - O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira, 13, que o ajuste fiscal e aumento da produtividade continuam sendo os principais pilares da política econômica brasileira. Durante participação no 39ª Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), ele afirmou que o governo segue empenhado em garantir a retomada sustentável da economia o mais breve possível.
"Embora o mundo passe por um momento desafiador, não podemos perder de vista as reformas estruturais", disse Mourão, durante o encerramento do evento. Ele destacou as propostas de reformas administrativa e tributária enviadas ao Congresso pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Disse ainda que o presidente Jair Bolsonaro trabalha para levar adiante projetos de infraestrutura.
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Em um discurso para exportadores, Mourão afirmou a interação entre o governo federal e o setor privado é fundamental. Segundo ele, o comércio exterior é fundamental no crescimento e desenvolvimento de qualquer nação. "O Brasil está mais aberto do que nunca ao comércio exterior. O governo do presidente [Jair] Bolsonaro implementar medidas que visam facilitar cada vez mais esse fluxo cambial."
Ao citar a pandemia do novo coronavírus, Mourão afirmou que a crise sanitária acelerou mudanças e “agravou tensões e vulnerabilidades ao redor do mundo”. Ele também ressaltou medidas econômicas do governo do presidente Jair Bolsonaro, a quem citou nominalmente diversas vezes, nos últimos meses. "Cerca de 10% do nosso Produto Interno Bruto [PIB] foi canalizado para financiar medidas extraordinárias para diminuir os impactos da crise."
Mourão afirmou que a economia brasileira já mostra resultados e disse que dados recentes do Ministério da Economia "são animadores". “Estima-se que nosso PIB deve encolher cerca de 4,8%, de acordo com previsão do Banco Central. É um número positivo, se comparado com as estimativas iniciais e também com a queda média prevista para economias latino americanas”, disse.
"O governo permanece com mensagem otimista, trabalhando para que a sustentabilidade e a economia do conhecimento propicie um novo ciclo de crescimento para o País, que tem como um dos principais vetores o comércio exterior. Temos uma oportunidade única de transformar a força disruptiva da pandemia em ímpeto para fomentar a criatividade, o empreendedorismo e o crescimento econômico."
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