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Mourão diz que empresas brasileiras serão cobradas por melhorias ambientais, sociais e de governança

Segundo o vice-presidente, crimes ambientais deixam o País vulnerável a difamação e permitem que interesses 'protecionistas' levantem barreiras comerciais contra as exportações brasileiras

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Por Marlla Sabino
Atualização:

BRASÍLIA - O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que as empresas brasileiras serão cobradas por melhorias ambientais, sociais e de governança. Segundo ele, crimes ambientais deixam o País vulnerável a campanhas difamatórias e abrem caminhos para que interesses "protecionistas" levantem barreiras comerciais "injustificáveis" contra exportações brasileiras.

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"O compromisso com a preservação ambiental passou a contar da agenda pública mundial, de empresas e governos estrangeiros. Cada vez mais as empresas brasileiras serão cobradas a apresentar melhores credenciais ambientais, sociais e de governança", disse durante participação no encerramento do 39º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex).

"Nosso agronegócio é altamente competitivo e fornece segurança alimentar para pessoas mundo a fora. Os mais altos padrões de qualidade e respeito ao meio ambiente são exigidos por empresas e consumidores que confiam em nossos produtos. Por essa razão, crimes ambientais deixam nosso País vulnerável a campanhas difamatórias", disse.

Hamilton Mourão é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal. Foto: Dida Sampaio/Estadão

À frente do Conselho da Amazônia Legal, ele afirmou que o grupo tem como prioridade imediata o combate ao desmatamento ilegal e às queimadas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de fogo na Amazônia registradas neste ano já superou todas as ocorrências nos 12 meses de 2019.

"Como se não bastasse o prejuízo ao patrimônio natural brasileiro. O desmatamento e as queimadas prejudicam nossa imagem internacional e afetam os mais diferentes setores de nossa economia. Com consequências para nossa capacidade de exportar e atrair investimentos", afirmou.

Mourão voltou a defender o desenvolvimento de mais negócios ligados à bioeconomia na região. "Necessitamos de melhorias no ambiente de negócios, na infraestrutura e no financiamento para disseminação de alternativas de emprego e renda em atividades ambientais sustentáveis", disse. "É o caminho para que a Amazônia ingresse na era da economia do conhecimento".

Segundo ele, o Conselho da Amazônia definiu, com orientação do presidente Jair Bolsonaro, três principais linhas de ação. Entre elas, a identificação de atividades que podem ser expandidas com produtos e serviços já conhecidos e o aprimoramento da infraestrutura sustentável de portos e aeroportos, para assegurar a mobilidade.

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"Estamos alinhando instituições financeiras, público e privadas, nacionais e internacionais, de modo a mobilizar recursos de financiamento para os diferentes projetos de desenvolvimento da Amazônia. Nosso êxito internacional dependerá de nossa capacidade de levar adiante projetos de modernização do Estado e de desenvolvimento da economia."

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