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Moveleiros querem formar consórcio de exportação

Idéia é de Pedro Wajnstejn, da Babylandia, que busca expansão internacional

Por Agencia Estado
Atualização:

Com a experiência de 31 anos na fabricação de móveis infantis, Pedro Wajnstejn, fundador da Babylandia, elaborou um plano ousado para iniciar a expansão internacional da marca. O executivo articula a formação de um consórcio de exportação com outras marcas de destaque no setor moveleiro nacional. A iniciativa deverá começar pelos Estados Unidos, onde serão montadas a estrutura de logística e dois show rooms ? um em Miami e outro na Costa Leste dos EUA, provavelmente em Los Angeles, segundo Wajnstejn ? para reunir alguns dos melhores móveis produzidos no País. Em seus estudos sobre o consórcio, o empresário enxerga a possibilidade de colocar no mercado americano US$ 12 milhões em móveis a cada ano, elevando em 10% o volume de exportações do setor mobiliário brasileiro para os EUA. Para a representação do consórcio nos EUA foi convidado o executivo Ophir Toledo, ex-presidente da Motorola no Brasil. Um empresário que confirma já ter recebido o convite de Wajnstejn para participar da iniciativa é Albino Bacchi, da Artefacto que, no ano passado, abriu uma loja da marca em Miami e, nos próximos meses, deverá inaugurar outras duas, em Las Vegas e no Caribe. Só a Babylandia planeja vender até US$ 200 mil em produtos aos EUA no primeiro ano, o equivalente à venda de 1.200 móveis por mês. ?No segundo ano, vamos elevar essas vendas para US$ 300 mil, e assim progressivamente, até atingirmos, com as exportações, 20% do nosso faturamento?, afirma Wajnstejn, que já chegou a exportar a marca, mas acabou desistindo em 1994, quando a equiparação do real ao dólar encareceu as vendas para o exterior. Arrancada Nos últimos anos, entretanto, o empresário foi responsável por uma verdadeira arrancada nos negócios. Na segunda fábrica da região de Alphaville, sob a marca Brasil Design Móveis são fabricados produtos para a indústria hoteleira, ao ritmo de ?um hotel de 300 apartamentos a cada 45 dias?. Para atender a um público maior ? os móveis da Babylândia são quase exclusivamente dirigidos às classes A e B ? foi criada a rede Quarto de Criança, que já tem a primeira loja na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, e deverá inaugurar outras cinco ainda este ano. Mas a grande preocupação de Wajsntejn diz respeito ao aprimoramento de seus produtos, cujo processo de desenvolvimento faz questão de chefiar. A última novidade nos berços da marca, lançada esta semana, é o sistema de ajuste da inclinação do colchão, indicado para crianças que sofrem com freqüência de refluxo esofágico, responsável por casos de sufocamento. ?É um avanço pioneiro em todo o mundo, e por isso estamos patenteando o sistema no Brasil, nos EUA e na Europa?, afirma Wajsntejn, que costuma visitar vários países em busca de novidades no segmento. ?Mas não sou capaz de copiar simplesmente?, diz o empresário, que garante ser capaz de emprestar mais qualidade aos móveis fabricados no Brasil do que a que encontra nos produtos dos maiores fabricantes mundiais, por preços equivalentes a 30% do que é cobrado pelos italianos, por exemplo, no mercado americano.

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