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Movimento produtivo

No Brasil, menos de 10% recebem educação profissional com a regular Quanto maior escolaridade, menor a chance de perder emprego em tempos de crise Parceria empresa-escola é bem-sucedida

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Por Redação
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Apesar da piora dos índices de emprego nos últimos meses, profissionais com mais anos de educação estão em situação mais confortável no mercado de trabalho formal. E a educação profissional desempenha importante papel nessa estatística. Se analisarmos que mais de 80% dos brasileiros não têm acesso à universidade, fica mais evidente que é preciso mudar a visão academicista que se tem ao escolher que caminho seguir na hora da formação profissional. 

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Uma pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral em 2013, quando o mercado de trabalho brasileiro ainda estava aquecido, mostrou que 91% das companhias tinham dificuldade na contratação de profissionais, especialmente para vagas de técnico, vendedor, administrador, gerente de projetos e trabalhador manual. 

“Precisamos repensar o modelo de educação do Brasil”, avaliou o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, na 14ª edição do Fóruns Estadão Brasil Competitivo, que debateu na terça-feira o tema Educação para o Trabalho. Segundo ele, a formação técnica é um diferencial importante para quem quer se manter empregado. 

WorldSkills.Competição reuniu equipes de 62 países em São Paulo Foto: Felipe Rau/Estadão

Num momento de arrefecimento do mercado de trabalho, como o atual, não se pode abrir mão da qualificação de trabalhadores. E como crescimento econômico depende de aumento da produtividade, quanto mais capacitado, mais produtivo é um empregado. O índice de produtividade médio do brasileiro corresponde a 17% do índice dos Estados Unidos. Em 1965, há exatos 50 anos, essa relação não era muito diferente – estava em 15%.

É preciso mudar as estatísticas e uma forma de se conseguir isso é aproximando a escola do trabalho e a educação profissional tem papel-chave nesse processo. “Educação sozinha não funciona. Educação precisa gerar emprego e renda”, disse a diretora global de Educação do Banco Mundial, Claudia Costin.

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