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Mudança no CMN não afeta equilíbrio de forças para decisões, diz Gustavo Franco

Para ex-presidente do BC, maioria de votos do Ministério da Economia não mudará situação do colegiado

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco afirmou hoje que a mudança na composição do Conselho Monetário Nacional (CMN) não afetará o equilíbrio de forças nas decisões do colegiado. 

Na nova formação do Conselho definida pelo governo de Jair Bolsonaro, terão poder de voto no CMN o ministro da Economia e o Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, além do presidente do Banco Central. "Lembro que, na Medida Provisória do Plano Real, tínhamos previsão de dois representantes do CMN – Fazenda e Banco Central –, mas a Casa Civil entendeu que tinha que ter no mínimo três", disse Franco ao chegar para a cerimônia de transmissão de cargo para o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

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O ex-presidente do BC afirmou ainda aguardar com grande expectativa o discurso que será feito hoje pelo novo ministro Paulo Guedes, em busca principalmente de sinais em relação à qual será a proposta da Reforma da Previdência. "Seguramente, deve ser algo mais ambicioso (do que o texto atualmente no Congresso)", disse Franco.

Gustavo Franco disse também que o ambiente de inflação baixa está favorável à manutenção da política monetária pelo BC e que, se houver endereçamento do problema fiscal do País, haverá mais chance de uma queda de juros do que de aumento. 

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