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Mulheres se engajam pelo ambiente

Combater as dificuldades enfrentadas por elas deve ser uma das prioridades da pauta ESG; exemplos são cada vez mais comuns

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Por Redação
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“Não há como mudar a sociedade sem mudar a situação da mulher”, disse Ana Fortes, fundadora e líder da Rede Mulher Empreendedora, durante o painel de encerramento da Conferência Brasil Verde, realizada pelo Estadão entre 25 e 27 de agosto. A causa feminina envolve uma série de temas, desde a busca por equidade no mercado de trabalho até o combate à violência doméstica.

Ana criou a organização há 11 anos, a partir de um blog onde compartilhava os percalços como empreendedora. Hoje, mais de um milhão de mulheres fazem parte da rede, que já impactou diretamente mais de 6 milhões de mulheres com ações, eventos e programas criados com o propósito de ajudá-las a conquistar autonomia financeira.

A rede só conseguiu crescer e obter financiamentos para seus projetos depois de um período inicial em que tudo foi feito “na raça”. “Tivemos que apresentar resultados sólidos antes de atrair parcerias”, lembra. Um turning point foi a doação, em 2018, de US$ 1 milhão pela Fundação Google para financiar o projeto Ela Pode, que transmite habilidades socioeconômicas a mulheres – trabalho que, antes da pandemia, estava sendo realizado presencialmente em mais de 150 municípios. Um dos projetos realizados durante a crise da covid-19, apoiado pelos três maiores bancos do País, foi a produção de 11 milhões de máscaras, com a participação de 6,5 mil costureiras remuneradas.

Por mais que as mulheres enfrentem questões específicas nos diferentes países, alguns problemas se repetem em todo o mundo, como o medo da violência. Por conta disso, há ideias desenvolvidas em determinado país que certamente podem servir a outros países. Construir essas pontes é uma das formas de atuação da Fundação Womanity, baseada na Suíça, que criou um processo seletivo – o Womanity Award – para apoiar esse tipo de parceria. “Já existem muitos bons projetos pelo mundo. Nossa missão é identificar alguns deles para apoiá-los”, diz a diretora do Programa Womanity Award, a brasileira Laura Somoggi.

Mulheres participam de ato em favor do ambiente: grupos incentivados pela iniciativa privada ganham espaço. Foto: Pilar Olivares/Reuters - 24/05/2019

 

Criar grupos de apoio para as mulheres é uma das formas de atuação do Mulheres do Brasil, criado em 2013 por iniciativa de Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza. O principal objetivo é contribuir para o protagonismo feminino, empoderando mulheres para atuar na esfera privada e pública, inclusive na política. A instituição também trabalha para influenciar causas de interesse das mulheres.

O Mulheres do Brasil já chegou a 95 mil participantes, divididas em 160 núcleos regionais – 39 dos quais estão fora do País. “Tínhamos 36 mil mulheres participantes quando começou a pandemia. Em um ano e meio, chegamos a 95 mil. Essa procura intensa é uma evidência de que os problemas femininos se agravaram nesse período”, conta a CEO, Marisa Cesar. 

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