
28 de agosto de 2015 | 02h03
Em Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC), a Caoa e a agência de publicidade Z+ Comunicação, responsável pelas campanhas do grupo, se comprometeram também a não veicular mais qualquer tipo de propaganda enganosa "ainda que parcialmente, que possa induzir em erro o consumidor na hora da aquisição de produtos ou serviços".
O Ministério fixou multa de R$ 100 mil para cada ato de descumprimento do acordo. O órgão explica que o TAC foi firmado em decorrência do Inquérito Civil instaurado em 2011 pela Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital, com base em decisões do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).
O Conar julgou diversas denúncias contra a marca desde 2000. Em 2010, chegou a publicar um edital na imprensa sobre o comportamento repetitivo da empresa, que insistia em manter campanhas similares àquelas suspensas pelo órgão. Segundo o Conar, essa tipo de edital é muito raro.
No Termo de Compromisso, o Ministério Público lista 65 campanhas consideradas enganosas, 15 delas envolvendo o modelo Tucson e 11 a marca Hyundai.
Em uma delas, a peça publicitária cita que a "Hyundai passa a Ford e já é a quarta maior fabricante de automóveis do mundo". Divulgada em 2009, a campanha foi questionada pela Kia Motors do Brasil, ao afirmar que os números eram válidos apenas na Coreia do Sul e que os números de vendas incluíam as duas marcas, que são coligadas no país de origem.
A Hyundai confirmou ontem o entendimento com o Ministério Público e disse que "quer encerrar o assunto".
A doação dos veículos será feita num período de até oito meses após a homologação do acordo. O HR é produzido na fábrica da Caoa/Hyundai em Anápolis (GO) e custa R$ 60,5 mil. A unidade também produz o Tucson e o ix35.
Somando modelos importados, a Caoa vendeu 26,8 mil veículos neste ano, 18,8% menos que em 2014.
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