PUBLICIDADE

Publicidade

Multinacionais partem para a expansão

Empresas brasileiras planejam crescer onde já estão e abrir mercados. No radar, países que [br]sentiram menos a crise

Por Paula Pacheco
Atualização:

A crise que ainda chacoalha algumas das principais economias do mundo não abalou os planos de internacionalização das empresas brasileiras. Os dias difíceis levaram essas companhias a serem mais agressivas. Diretor da Vale para a área de ferrosos, José Carlos Martins está otimista com a expansão internacional para 2011. O esforço maior será na África. "É para onde todos estão olhando na mineração", diz.Martins também tem acompanhado de perto a expansão do consumo nos mercados chinês e indiano e nos países próximos, como Indonésia e Filipinas. A Vale é orientada ao mercado asiático: 70% das exportações vão para o continente. "O Oriente Médio é outra região com excelente potencial", diz. Para atender ao aumento da carteira de clientes, a mineradora investiu nos últimos tempos em aquisições e novas operações, como a mina de fosfato inaugurada no meio do ano no Peru.Outra gigante em seu setor, a Odebrecht também tem metas ambiciosas em 2011. A empresa planeja começar a operar em um novo país na América Central no próximo ano, conta Luiz Mameri, superintendente da Odebrecht para a América Latina e Angola. "Nesses mercados dá para sentir que há mais liquidez. Alguns países estão com mais facilidade de financiamento internacional para infraestrutura. Isso tem reflexo direto nos nossos negócios", explica.Uma das pioneiras na internalização no setor de alimentos, com escritório em mais de 40 países, a Brasil Foods tem planos agressivos para 2011, afirma Wilson Melo, vice-presidente de Assuntos Corporativos na BRF. "Estamos em vários países da África, mas há potencial para aumentar as vendas e abrir mercados no continente", diz ele. Para o executivo, outro grande desafio será conseguir vender mais produtos com maior valor agregado.Fabricante do setor de refrigeração, a Metalfrio dá como certa a expansão da companhia para a Ásia, conta o presidente Luiz Eduardo Moreira Caio, que estuda uma fábrica no sudeste asiático. "Estamos em busca de mercados emergentes, com potencial de crescimento. A fase de encontrar ativos em baixa já passou, mas temos uma geração de caixa poderosa para aproveitar o que há de oportunidade", conta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.