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Múltis querem que Brasil reduza tarifa de importação

Por AE
Atualização:

As maiores multinacionais americanas colocam pressão e apelam para que o Brasil reduza suas barreiras de importação de bens industriais e alertam que, se o Itamaraty aceitar as condições sugeridas pelo texto de rascunho do acordo da Organização Mundial do Comércio (OMC), menos da metade dos produtos seriam afetados na economia brasileira. O governo rebate o argumento, alegando que o impacto seria importante para vários setores. Além disso, sem ganhos concretos na agricultura, não haveria razão para permitir o corte de tarifas industriais. O lobby pela abertura dos mercados emergentes é feito pela National Foreign Trade Council, que reúne gigantes como a Boeing, Caterpillar, Chevron, Citigroup, Ford, General Electric, Halliburton, Microsoft, Motorola e Wal-Mart. As empresas garantem que, se um acordo for atingido em Genebra, as multinacionais farão uma pressão importante sobre os deputados e senadores democratas e republicanos nos Estados Unidos para permitir que o entendimento seja aprovado no Congresso. "Os cálculos mostram que, se o Brasil aceitasse os termos do acordo proposto, apenas metade dos produtores teriam suas tarifas reduzidas na prática. Mesmo assim, a queda seria pequena", afirma Mary Irace, vice-presidente da entidade que nos últimos dias visitou embaixadores dos países emergentes em Genebra para apelar por um acordo. Segundo seus cálculos, tarifas que seriam de 10% hoje no País sobre produtos importados cairiam para 9%. "Francamente, uma variação no câmbio ou outros fatores seriam bem mais impactantes que esses cortes", afirmou Mary. A posição do governo brasileiro, porém, é de que não se pode negociar sobre as tarifas aplicadas que, no País, é, em média, de 12,5%. A negociação, segundo o Itamaraty, deve ocorrer sobre o teto legal das tarifas, que no País é de 35%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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