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Mundo declara inflação como principal ameaça

Por JAN STRU
Atualização:

Autoridades monetárias ao redor do mundo declararam nesta segunda-feira que o avanço da inflação é a principal ameaça que enfrentam, em um momento de crescente pressão por aumento dos juros e protestos contra o encarecimento do custo de vida. A Comissão Européia, braço executivo da União Européia, afirmou que a inflação é a principal preocupação após dados mostrarem que os preços nos 15 países da região subiram 3,7 por cento em maio na comparação anual, taxa recorde. Segundo operadores, os comentários impulsionaram o euro por alimentarem especulações de que o Banco Central Europeu (BCE) pode elevar o juro além do 0,25 ponto percentual já precificado para a reunião de 3 de julho. A inflação na zona do euro, assim como nas demais localidades, é impulsionada pelos custos de alimentos e energia. Os ministros de Finanças da UE acreditam que a fraqueza do dólar e a especulação também têm seu peso. O presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak, disse que o surto inflacionário é o maior desafio à economia em cerca de 30 anos. Ministros de Finanças de Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Alemanha, Itália, Grã-Bretanha e Rússia, em um encontro no final de semana, alertaram que os preços altos das commodities devem prejudicar o crescimento, mas não divulgaram nenhum plano para acalmar os mercados financeiros. Protestos de caminhoneiros, pescadores e outros grupos particularmente vulneráveis ao aumento dos custos de energia têm eclodido nas últimas semanas. Nesta segunda-feira, caminhoneiros franceses começaram a bloquear estradas para pressionar o governo a ajudá-los a lidar com os preços do petróleo --que mais que duplicaram em um ano. A inflação é também a maior preocupação para a Ásia, disse à Reuters o diretor-gerente do banco de desenvolvimento da região, Rajat Nag, já que ameaça acabar com os ganhos no combate à pobreza.

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