30 de setembro de 2013 | 02h12
O analista Domingos Falavina, do JP Morgan, diz que apesar da expectativa de que no ano que vem a concorrência se acirre ainda mais, nada será como o ano de 2010. Foi naquele ano que acabou a exclusividade do uso de bandeiras pelas maquininhas e tanto Redecard quanto Cielo foram obrigadas a começar a aceitar todos os cartões. Ainda há alguns resquícios, como o fato de a Cielo hoje ser a única a aceitar a Amex. Mas também essa exclusividade deve acabar em breve. O que possibilita esta mudança é a Medida Provisória 615, enviada ao Congresso Nacional em maio, que passa ao Banco Central a função de regulamentar a atividade de adquirência.
O analista Carlos Macedo, do Goldman Sachs, diz que a Cielo tem afirmado em teleconferências que não vai abrir mão de resultado para ganhar mercado a qualquer custo. De qualquer forma, ele diz que o modelo que o Santander usa por meio da GetNet faz muito sucesso com os lojistas e que o Itaú deverá fazer o mesmo mais para frente, sendo forte competidor.
No segundo trimestre deste ano, a Cielo divulgou uma margem Ebtida (que mede eficiência) três pontos porcentuais menor do que mesmo período do ano passado. O mesmo já havia acontecido no primeiro trimestre. O lucro líquido, entretanto, cresceu 13,6% e chegou a R$ 623 milhões no segundo trimestre deste ano.
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