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Na Câmara, Guedes agradece a Maia por 'excelente trabalho' na reforma

Ministro da Economia chegou minutos antes do fim da votação da reforma da Previdência para cumprimentar o presidente da Câmara; para Maia, Senado poderá tratar de Estados e capitalização

Por Idiana Tomazelli e Camila Turtelli
Atualização:

BRASÍLIA - Minutos antes da conclusão da votação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara, o ministro da Economia, Paulo Guedes, despontou na entrada da Casa, subiu ao plenário e foi à mesa diretora. Encerrou a votação abraçado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ambos ladeados pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

"Vim aqui cumprimentar o excelente trabalho da Câmara, o excelente trabalho de coordenação pelo presidente Rodrigo Maia. Estou muito feliz com o apoio da Câmara dos Deputados", disse Guedes, ressaltando a satisfação com o resultado.

'Estou muito feliz com o apoio da Câmara', disse Guedes. Foto: GABRIELA BILO/ESTADAO

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Guedes estava acompanhado do secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, e assessores da pasta. Foi recebido na Câmara pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, a quem abraçou e agradeceu pelo trabalho. Ele também cumprimentou outros integrantes da equipe de Marinho.

"Estamos celebrando um resultado extraordinário da Câmara, aprovando tão rapidamente no segundo turno uma reforma que muda o futuro do Brasil", disse Guedes. "Quero dar os parabéns aos meus heróis aqui, Marinho que lutou por isso, quero ver se acho o Rodrigo Maia", afirmou em meio aos abraços na chegada.

Já no plenário, Guedes foi diretamente para o lado de Maia e Onyx, de onde eles selaram a conclusão dos trabalhos da Casa na reforma da Previdência. Na saída, ele ainda parou para abraçar a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que se licenciou do cargo para reassumir o mandato de deputada e votar a favor da proposta.

Agora, a reforma segue para o Senado, onde também precisará ser votada em dois turnos. "A expectativa é positiva, acho que o Senado vai nos ajudar também", disse.

Estados e capitalização

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Rodrigo Maia disse que o Senado poderá tratar de temas que não tiveram espaço na Casa, como regras da aposentadoria de servidores de Estados e municípios e a capitalização.

“O Senado vai construir um bom texto também sob a liderança do presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP). Na certeza que os temas que a Câmara não tratou, não teve espaço, podem ser tratados pelo Senado, como Estados e capitalização. São dois temas que se introduzidos pelo Senado serão debatidos novamente pela Câmara”, afirmou.

A capitalização é uma espécie de poupança que o próprio trabalhador faz para assegurar a aposentadoria no futuro. O regime atual é o de repartição, pelo qual o trabalhador ativo paga os benefícios de quem está aposentado.Ele ponderou que para que Estados e municípios sejam introduzidos na reforma, no entanto, será necessário o apoio de todos os partidos da Casa. “Essa foi a terceira votação com o maior quórum da história, mostrou comprometimento dos deputados com a votação. O resultado foi muito positivo. Tivemos um resultado bem melhor nos destaques do que nós tivemos no primeiro turno. A matéria sai com uma ótima economia”, afirmou logo após o fim da votação.

Apoio de Bolsonaro

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Para Marinho, o apoio do presidente Jair Bolsonaro à reforma da Previdência foi “decisivo” para que a proposta tivesse também o apoio das ruas, pavimentando o caminho para sua aprovação..

“A vinda do ministro Paulo Guedes (à Câmara no fim da votação) tem um simbolismo especial. Ele veio abraçar o Parlamento em nome do governo”, disse o secretário. Com a reforma no Senado Federal, Marinho prometeu “manter a mesma pegada” do trabalho feito na Câmara na busca dos votos. “Não tiramos férias”, avisou. Segundo ele, nesta quinta-feira mesmo ele vai se reunir com o presidente do Senado para discutir detalhes da tramitação. O secretário afirmou ainda que pretende buscar os líderes do Senado por diálogo pela Previdência.

Ele demonstrou confiança em relação à votação da reforma da Previdência pelos senadores. Qualquer eventual alteração, segundo ele, deve ficar para uma PEC paralela para não atrasar a tramitação da proposta atual. Ainda não há discussão, segundo ele, sobre se a criação de um regime de capitalização estaria nessa PEC paralela.

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“Ainda não discutimos (se capitalização volta na PEC paralela). É um tema que o ministro acha importante. Se o Senado entende que pode incluir capitalização na PEC paralela, será ótimo. Se não, o governo voltará a discutir em algum momento”, afirmou.

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