Na Coelho da Fonseca, filhos começaram a trabalhar cedo 

Desde o início, fazia parte do dia a dia dos herdeiros participar de plantões de venda nos fins de semana e nos feriados

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Por Eduardo Geraque
2 min de leitura

Na imobiliária Coelho da Fonseca, onde duas gerações familiares fecham negócios milionários juntas há anos, a sucessão, mesmo não sendo totalmente planejada, também começou cedo. Conforme contou, virtualmente, durante o evento Summit Imobiliário 2020, Álvaro Coelho da Fonseca fez com que os filhos começassem ainda adolescentes a ter contato com os negócios dele. Hoje, Álvaro Marco e Roberto são também peças-chave nas engrenagens da companhia. Além do primo deles, Luiz Fonseca. 

Pelo telão, Álvaro Coelho da Fonseca conta o processo de sucessão familiar na empresa Foto: Taba Benedicto/Estadão

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“O processo veio meio que ocorrendo. Não cheguei a fazer nenhum curso de sucessão, mas os meus filhos começaram a trabalhar cedo na empresa. Eles entraram em baixo e foram passando por todos os departamentos. Ser corretor é ser vendedor. Nossa empresa é basicamente de vendas, então sempre foi importante para eles ter esse conhecimento”, diz o empresário, que fundou a empresa há 45 anos e tem passado sem muitos sobressaltos pelas várias crises econômicas desde então, inclusive a gerada pela pandemia. 

Plantões

No início, fazia parte do dia a dia dos filhos, inclusive, participar de plantões de venda nos fins de semana e feriados.

Durante todo o processo, segundo Coelho da Fonseca, o importante é os filhos perceberem que o código de ética usado na empresa não permite distorções. “Eles precisam enxergar que os mesmos valores que você usa em casa são aqueles usados na empresa. Tem de ser os mesmos”, afirma o sempre corretor Álvaro Coelho da Fonseca, como ele mesmo se define, sempre de bom humor.

Com esse contato direto entre os filhos e o negócio da imobiliária, Álvaro afirma que a entrada da segunda geração no grupo foi meio que acontecendo, sem muito planejamento. “Você vai meio que interpretando a vontade, o interesse e a vocação. Nem sempre isso vai se confirmar lá na frente como mostram alguns outros exemplos.”

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Processo lento

No caso específico dos filhos dentro da Coelho da Fonseca, avalia Álvaro, as coisas se consolidaram de forma paulatina. “Eles começaram a se envolver, como ouvintes, em todas as reuniões de diretoria da empresa. Fui avaliando e enxergando a mudança de comportamento deles. Essa parte do aprendizado é fundamental”, diz o empresário. No setor, completa ele, é importante conviver com o cliente, saber ouvir um não.

“Receber mau humor e desaforos. É a vida. Isso é difícil de ensinar, você tem de passar por isso e aprender como lidar com essas situações. Algo que se consegue com honestidade, ética e valorização da nossa profissão”, afirma Álvaro.

No caso da Coelho da Fonseca, a nova geração também trouxe muita inovação tecnológica ao grupo, nos tempos em que a internet ainda engatinhava. 

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