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Na crise, rede Atlântica aposta em hotel ‘popular’

Objetivo da empresa, que é vice-líder do setor no País, é ampliar fatia do segmento econômico no portfólio de 12% para 45% dentro de cinco anos

Foto do author Luciana Dyniewicz
Por Luciana Dyniewicz
Atualização:

Com seu plano de crescimento atrasado por causa da crise econômica, a rede de hotéis Atlântica – dona no Brasil de bandeiras como Radisson, Quality, Comfort e Sleep In, entre outras – vai mudar seu público-alvo e investir no conceito econômico. Esse segmento, que hoje corresponde a 12% da rede da Atlântica, deverá chegar a, no mínimo, 45% em cinco anos, segundo o novo presidente da companhia, Eduardo Giestas.

No ano passado, foram pouco mais de R$ 600 milhões. Nos primeiros três meses de 2017, porém, houve uma recuperação de 4%. “O setor está se adaptando. Na Atlântica, em 2017, devemos pelo menos manter o resultado de 2016”, frisa Giestas.

Após dois anos de queda na receita, empresa espera alta em 2017, diz Giestas Foto:

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Segundo o executivo, a empresa não considerou cancelar o projeto de expansão por causa da recessão do País ou devido ao desempenho financeiro fraco. “Nosso acionista é paciente e quer se preparar para uma retomada.”

O megainvestidor George Soros, por meio do fundo Quantum Strategic Partners, é dono de 74,5% da companhia e o Tao Invest LLC, fundo do Vale do Silício, detém o restante.

Lazer. Ainda em sua estratégia de recuperação, a Atlântica vem fazendo promoções e ações de marketing para crescer na área de lazer. A ideia é melhorar a ocupação de toda a rede, que tem perfil mais corporativo, nos fins de semana, quando a ocupação cai entre 15 e 25 pontos porcentuais.

Para um analista do setor que não quis se identificar, o segmento de lazer é o com maior potencial para a indústria hoteleira hoje, já que é o único que cresceu no ano passado.

Um indicativo disso, diz, é a ocupação nos resorts, que alcançou 63,5% em 2017, a mais alta dos últimos quatro anos. Ele vê desafios para a conversão de hotéis em operação por acreditar que os donos de unidades interessados em mudar de bandeira têm empreendimentos mal localizados ou em mercados fracos.

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Já o diretor executivo do Fohb, Orlando de Souza, afirma que a troca de bandeira é a opção que tem dominado o mercado atualmente, sobretudo devido à falta de interesse de investidores em aportarem em novos hotéis enquanto a demanda não voltar a crescer.

Apesar de o mercado estar saturado em algumas cidades, como Belo Horizonte, Giestas também não descarta trabalhar com novos empreendimentos. “Cada cidade é um mercado diferente. Ainda há algumas com espaço para novos projetos.”

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