
21 de agosto de 2010 | 11h52
Para Tadeu Souza, diretor comercial da MD Papéis, o investimento nos papéis off-white se explica pelo fato de o espaço para o crescimento do mercado editorial ser bem maior. "O Brasil produziu 380 milhões de livros no ano passado, o que é menos de 2 livros por habitante. Há um espaço enorme de crescimento. Já os livros didáticos vão se expandir somente com a população, que hoje cresce menos", argumenta.
O executivo prevê vendas até 7% maiores para o segmento de papel para imprimir e escrever em 2010. Ele também descarta que os e-books venham a atrapalhar o desempenho das vendas para as editoras. "Os livros eletrônicos não substituem a experiência do papel. Um livro pode ser grifado, emprestado a outros e guardado", diz Souza. Uma pesquisa do instituto GfK mostra que, pelo menos por enquanto, ele está certo: segundo o levantamento, 67% dos brasileiros desconhecem os e-books.
Dados do mercado editorial mostram que a produção e a venda de livros cresceram acima da média da economia em 2009, quando o PIB brasileiro recuou 0,2%. A produção de livros saltou 13,5%, para 386 milhões de exemplares. Por conta da queda do preço médio do livro, o faturamento do setor subiu 2,1%, para R$ 3,4 bilhões (veja quadro). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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