21 de julho de 2010 | 00h00
As informações foram publicadas pelo El Economista e pelo Jornal de Negócios. Segundo o diário espanhol, a PT estaria obrigada a vender a Vivo à Telefónica em um prazo máximo de 10 dias, para poder concretizar seu ingresso no capital da Oi. Segundo o jornal, haveria um "pré-contrato" entre PT e Oi, com vencimento em 31 de julho. Já para o Jornal de Negócios, as negociações estariam em "fase avançada".
Em decorrência das conversas com a Oi, a PT teria solicitado à Telefónica na última sexta-feira a extensão da validade da proposta de ? 7,15 bilhões, cujo prazo expirou em 16 de julho. A companhia espanhola recusou o pedido, retirou a oferta e acionou o escritório holandês De Brauw Blackstone Westbroek para tratar da dissolução da Brasilcel, a joint venture entre PT e Telefónica que detém 60% das ações da Vivo, no Tribunal de Justiça de Haya, na Holanda.
Em nota oficial divulgada no final da tarde em Lisboa, a PT informou não ter celebrado "qualquer pré-acordo tendo em vista a aquisição de uma participação social na Oi".
A a Oi também divulgou comunicado afirmando não existir "acordo, ajuste ou instrumento firmado ou negociado pela empresa ou por suas controladas com a PT com o objetivo de vender participação em qualquer das empresas do grupo".
Analistas ouvidos pelo Estado em Lisboa e Madri nos últimos dias não acreditam que a troca de participações na Vivo e na Oi possa acontecer em um intervalo de tempo tão curto. Ainda assim, economistas como o espanhol Alfredo Arahuetes, docente da Universidade Pontifícia Comillas de Madri, consideram o desfecho do negócio entre Telefónica e PT inevitável. "O negócio vai acabar acontecendo. Não tem como resistir", disse.
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