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Na Vale, um ato contra as demissões

Proposta de Agnelli também foi criticada

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Por Redação
Atualização:

Sindicalistas realizaram no início da tarde de ontem uma manifestação para protestar contra as 1,3 mil demissões anunciadas pela Vale no início deste mês. Os manifestantes colocaram bonecos em frente à sede da companhia, no centro do Rio, para representar as famílias dos demitidos. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Prospecção, Pesquisa e Extração de Minério do Rio de Janeiro (Sindimina), Jorge Campos, afirmou que 150 trabalhadores participaram do ato, que usou mil bonecos. Já a assessoria de imprensa da Vale disse que cinco atores e sindicalistas fizeram a manifestação, com cerca de 100 bonecos. "Foi também um ato contra as declarações do presidente da Vale (Roger Agnelli), que quer cortar os direitos trabalhistas", afirmou Campos. Ele se referiu a uma entrevista de Agnelli ao Estado, na qual o executivo defendeu a flexibilização das leis trabalhistas para as empresas poderem enfrentar a crise. Entre as das sugestões, está a suspensão temporária de contratos de trabalho e a redução da jornada de trabalho, com diminuição de salário. O sindicalista disse que na segunda-feira vai encaminhar uma carta a Agnelli e ao presidente do Conselho de Administração da Vale, Sérgio Rosa, também presidente do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), propondo que a Vale revogue todas as demissões a partir de novembro não só no Brasil, mas em todas as bases da mineradora no mundo. Segundo Campos, no total seriam até 3 mil demissões. Em troca, o Sindimina aceita negociar redução de jornada de trabalho, com diminuição de salário.

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