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Economia e outras histórias

Nada faz BC moderar busca pelo centro da meta em 2016

Os diretores do Banco Central, que compõem o Comitê de Política Monetária, têm dado demonstrações firmes de que o alvo agora é um só: trazer a inflação para o centro da meta no fim de 2016. Assim, era mais do que esperada a alta de 0,5 ponto porcentual decidida nesta quarta-feira, que levou os juros a 13,75% ao ano. Nem mesmo as dificuldades adicionais que a política monetária tem trazido ao ajuste fiscal, com aumento na dívida pública e redução da arrecadação de tributos, pela contribuição à contração da economia, estão sendo levadas em conta.

Por José Paulo Kupfer
Atualização:

Acredita-se, no mercado financeiro, que o BC aproveita a freada de arrumação geral da economia, em 2015, para recuperar credibilidade. Como se sabe, credibilidade do BC é aquilo que a autoridade monetária consegue quando se alinha às expectativas do mercado. Assim, não só as indicações de piora da atividade econômica, reforçadas nesta quarta-feira com novos dados negativos do mercado de trabalho, perderam relevância nas decisões do Copom. Também saíram de cena os efeitos cumulativos e defasados dos movimentos de juros.

O comunicado emitido no encerramento da reunião, nos mesmos termos lacônicos dos mais recentes, está sendo interpretado como sinal de que o atual ciclo de alta dos juros ainda deve se estender até o Copom de julho, com a maioria dos analistas projetando uma última alta de 0,25 ponto e Selic a 14% anuais - sem grandes surpresas se for além. 

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