Acredita-se, no mercado financeiro, que o BC aproveita a freada de arrumação geral da economia, em 2015, para recuperar credibilidade. Como se sabe, credibilidade do BC é aquilo que a autoridade monetária consegue quando se alinha às expectativas do mercado. Assim, não só as indicações de piora da atividade econômica, reforçadas nesta quarta-feira com novos dados negativos do mercado de trabalho, perderam relevância nas decisões do Copom. Também saíram de cena os efeitos cumulativos e defasados dos movimentos de juros.
O comunicado emitido no encerramento da reunião, nos mesmos termos lacônicos dos mais recentes, está sendo interpretado como sinal de que o atual ciclo de alta dos juros ainda deve se estender até o Copom de julho, com a maioria dos analistas projetando uma última alta de 0,25 ponto e Selic a 14% anuais - sem grandes surpresas se for além.