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Não adianta aprovar uma reforma que não economize nada, diz Skaf

Ao se referir aos militares, o presidente da Fiesp disse que todo mundo tem que contribuir com a reforma previdenciária

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

A preocupação com a reforma da Previdência foi, nas palavras do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o tema principal que a cúpula da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) tratou com a bancada de deputados estaduais paulistas e federais do Partido Progressista (PP) em almoço nesta segunda-feira, 25, na sede da entidade.

De acordo com Skaf, a reforma da Previdência é muito importante para o País porque sem ela a conta não fecha. "A reforma tomou uma importância maior do que ela já tinha porque, como se falou muito sobre ela, investidores nacionais e estrangeiros criaram uma expectativa muito grande à espera da sua aprovação", disse o presidente da Fiesp.

Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Foto: Helvio Romero/Estadão

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Skaf ressaltou que quando fala em reforma da Previdência, se refere a uma reforma que dê o resultado fiscal esperado. Não adianta nada, segundo ele, aprovar uma reforma que não economize nada. "É fundamental que se aprove algo parecido com esse projeto que o governo encaminhou ao Congresso. Está lá previsto (uma economia de) R$ 1,1 trilhão, que daria cento e poucos bilhões por ano. Isso é fundamental porque as previdências privada e pública dão um déficit anual de R$ 270 bilhões", apontou o executivo.

De acordo com Skaf, mesmo que se desconte a economia anual de R$ 100 bilhões anuais com gastos previdenciários, ainda resta um déficit de R$ 170 bilhões. "Mas a perspectiva futura fica muito melhor. Isso vai atrair investimentos e gerar empregos e fazer com que a economia se aqueça com mais velocidade", disse.

Ao se referir aos militares, Skaf disse que todo mundo tem que contribuir com a reforma previdenciária. Mas ponderou que uma coisa é falar que tem de ser diferenciado, que é o que os militares defendem, e outra bem diferente é não contribuir. "Falar em diferenciado não significa que não haverá contribuição. Então posso concordar que os militares possam ter uma situação diferenciada, mas que não justifique alguém ficar de fora. É uma conta que tem que envolver a todos", disse.

O presidente da Fiesp destacou que a reforma da Previdência precisa trazer justiça para a sociedade e lembrou que do déficit previdenciário anual de R$ 270 bilhões, R$ 70 bilhões vêm do setor público e R$ 200 bilhões do setor privado. "Mas os R$ 200 bilhões envolvem mais de 30 milhões de pessoas e os R$ 70 bilhões apenas um milhão de funcionários públicos. "Isso mostra que há algo muito grave no setor público. É preciso que esta reforma traga justiça em relação à sociedade", afirmou.

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