A discussão sobre maiores ou menores gastos por parte do governo não compete ao Banco Central, afirmou o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. "O BC não faz discussão de ordem social ou de ordem conceitual sobre determinados assuntos que não aqueles que pertencem à esfera do Banco Central", disse, no ônibus que o conduziu da sede do PMDB à sua residência, nesta capital.
Veja também:
Meirelles deu como exemplo uma campanha do governo sobre vacinação: disse que tratar-se de uma importante decisão da política de saúde, mas não compete da autoridade monetária fazer avaliação sobre ela.
Meirelles comentou que o conjunto de impulsos fiscais tende a diminuir o hiato do produto e que este é um dos fatores que podem levar ao aumento da inflação e também da atividade. Ele enfatizou que, mesmo tendo em conta essa aumento causado por estímulos fiscais conhecidos até o momento, a projeção do BC para a inflação de 2010 é a de não deve passar de 4,4% - porcentual que estaria em linha com a meta de 4,5% perseguida pela autoridade monetária.
A estimativa oficial foi apresentada na sexta-feira (25), na divulgação do Relatório Trimestral de Inflação. "A projeção de 4,4% está consistente com a meta", disse Meirelles.