Publicidade

Não dá para ficar muito tempo mais com auxílio, diz Bolsonaro

Presidente voltou a destacar que o benefício custa R$ 50 bilhões aos cofres públicos por mês e afirmou que o endividamento do País é 'monstruoso'

Por Emilly Behnke
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta segunda-feira, 19, que o pagamento do auxílio emergencial é limitado e não poderá "ficar por muito tempo mais".Ele disse que o benefício custa R$ 50 bilhões por mês aos cofres públicos e que País passa por um "endividamento monstruoso". 

PUBLICIDADE

"Não dá pra ficar muito tempo mais com esse auxílio porque, infelizmente, o endividamento nosso é monstruoso. Mas o Brasil está saindo da crise, pelo que os números estão mostrando", afirmou para apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada. 

Bolsonaro voltou a dizer que o valor de R$ 600 é "pouco para quem recebe, mas muito para o Brasil". A dívida pública brasileira deve fechar 2020 próxima de 100% do Produto Interno Bruto (PIB), patamar considerado elevado para países emergentes. 

O presidente Jair Bolsonaro em evento por videoconferência segunda-feira. Foto: Marcos Corrêa/PR

O auxílio já foi concedido a mais de 68,7 milhões de desempregados, informais e beneficiários do Bolsa Família durante a pandemia de covid-19, segundo o governo. O benefício foi prorrogado em outras quatro parcelas até dezembro no valor de R$ 300. O governo nega, contudo, a possibilidade de novas prorrogações.

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro ouviu agradecimentos pelo pagamento do auxílio emergencial. O homem, que disse ser da Bahia, disse ser formado em Direito e estar atuando como motorista de aplicativo, enquanto aguarda para fazer a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

"Eu prometo ao senhor (Bolsonaro) que eu vou pegar minha carteira da OAB e vou ajudar nosso Brasil", afirmou o apoiador. Em resposta, o presidente disse que a validação da OAB não deveria existir. "Se dependesse de mim não teria carteirinha da OAB, não pode a pessoa se formar e não poder trabalhar."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.