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Não há decisão sobre reajuste de gasolina, diz Petrobras

Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, porém, isso não significa que os preços da gasolina e do diesel não serão alterados

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, disse que não há uma decisão da companhia sobre novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel. "Isso não significa que não iremos alterar. Mas não há um prazo definido para ocorrer os reajustes. A nossa política não tem data", afirmou o executivo nesta quarta-feira, 14, durante coletiva de imprensa para divulgação dos resultados da empresa em 2006. Barbassa afirmou que a Petrobras avalia mudanças permanentes e não crises políticas ou aumento da demanda de gasolina no verão americano ou aumento de óleo no inverno. Segundo ele, a atual estratégia de preços tem sido benéfica para a Petrobras, contribuindo para o bom desempenho da estatal. "Nossa política tem permitido estabilidade dos preços e, ao mesmo tempo, gerar um lucro excepcional para a companhia", disse. Certeza, no momento, é o reajuste dos derivados contratados com grandes empresas, como nafta, querosene de aviação e óleo combustível, cujos valores acompanham as cotações no mercado internacional do petróleo. O executivo ainda afirmou que, na visão da Petrobras, não há defasagem dos preços praticados no mercado interno em relação ao exterior. "Para nós, não há defasagem. O mercado oscila para cima e para baixo, mas esse não é o nosso foco. Observamos o longo prazo e, por isso, nossos preços são mais estáveis do que nos Estados Unidos. Fator importante é que essa estabilidade também é repassada para a economia brasileira", disse Barbassa. EUA Segundo ele, a eliminação de benefícios tributários para indústria petróleo, em discussão no Congresso dos EUA, terá impacto mínimo nas operações da Petrobras. "Essa medida afetará apenas dez blocos nossos, que tinham uma condição especial", disse o executivo. Barbassa afirmou que a questão não preocupa, até porque a Petrobras detém a concessão de cerca de 300 blocos no Golfo do México. O projeto em discussão no Congresso dos EUA prevê a eliminação do dispositivo que desobriga as companhias de petróleo a pagarem royalties caso o preço do barril ultrapasse US$ 28 no mercado internacional. Bovespa O gerente executivo de relações com investidores da Petrobras, Raul Campos, disse que a estatal tem planos de aderir ao Nível 1 da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ainda este ano. "Hoje, a companhia já tem condições para aderir ao Nível 1. O tema será levado ao conselho de administração ainda no primeiro semestre", explicou. Segundo Campos, a Petrobras só não vai migrar ao Nível 2, porque as regras exigidas para adesão geram conflitos com a Lei do Petróleo. "A lei diz que a União tem que deter 51% da companhia e, em função disso, o governo cobra da Petrobras certos benefícios. Acontece que, com a adesão, os preferencialistas ganharão direitos que conflitam com a Lei do Petróleo", afirmou o executivo.

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