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Não há descolamento entre ricos e emergentes, diz Fórum

Segundo relatório, com a crise, 'ficou claro que as economias continuam a ser fortemente correlacionadas

Por Carolina Ruhman e da Agência Estado
Atualização:

A discussão sobre o descolamento das economias emergentes e desenvolvidas, predominante antes da atual crise econômica, provou que é equivocada na crise financeira atual. Segundo o relatório anual do Fórum Econômico Mundial, divulgado nesta terça-feira, 13, "ficou claro que, a respeito das mudanças cíclicas, as economias emergentes e desenvolvidas continuam a ser fortemente correlacionadas, um fato que pode ter ficado escondido por anos sem fortes recessões".   Veja também: Desemprego, a terceira fase da crise financeira global De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    Segundo o documento, os mercados emergentes e desenvolvidos são fortemente agrupados com relação a riscos econômicos e de bolhas. Entretanto, esta correlação tem vários níveis. O relatório cita os países africanos, que por terem menos ativos financeiros e reais, possuem menor exposição a bolhas. Por outro lado, o estudo destaca o sudeste asiático, que tem, em sua visão, grande exposição aos riscos econômicos e de bolhas e aponta ainda que a maioria das economias asiáticas estão fortemente expostas a um desaquecimento na China.   O Fórum Econômico Mundial chama atenção também para o risco de aumento de protecionismo entre os países emergentes. De acordo com o relatório, especialistas consideram que o protecionismo pode aumentar nesses países como reação à crise. O documento cita o colapso nos preços dos ativos, crises fiscais, crescimento da China e preços de energia e alimentos como fatores que podem favorecer a expansão do protecionismo entre países emergentes.

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