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‘Não há nem haverá tolerância com a inflação’, afirma Tombini

Declaração do presidente do Banco Central afetou o mercado de juros futuros; Copom decide Selic na semana que vem

Por Vinicius Neder e da Agência Estado
Atualização:

Texto atualizado às 17h25

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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterou que a autoridade monetária não se manifesta sobre reuniões futuras do Comitê de Política Monetária (Copom), mas declarou que "não há nem haverá tolerância com a inflação".

A declaração de Tombini teve impacto no mercado de juros futuros e, agora, a dúvida é apenas sobre a intensidade do aperto na Selic: se de 0,25 ponto porcentual ou de 0,50 ponto. Tal cenário está refletido no avanço firme das taxas futuras de curto prazo. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne na próxima quarta-feria, 17, para decidir o rumo da taxa básica de juros do País, a Selic.

Ao término da negociação normal na BM&F, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (862.495 contratos) marcava 7,52%, de 7,32% no ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (1.752.380 contratos) apontava 8,17%, de 7,92% ontem. O juro com vencimento em janeiro de 2015 indicava máxima de 8,67%, de 8,50% na véspera. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 marcava 9,26%, ante 9,16% ontem, e o DI para janeiro de 2021 estava em 9,73%, ante 9,69% no ajuste.

"Estamos neste momento monitorando atentamente todos os indicadores e, obviamente, no futuro, vamos tomar decisões sobre o melhor curso para a política monetária", afirmou Tombini, em breve intervalo na XXVª Reunião de Presidentes de Bancos Centrais da América do Sul, no Rio.

A reunião, que ocorre duas vezes por ano, está analisando as medidas de afrouxamento monetário adotadas recentemente pelo Japão, disse Tombini. De tarde, será divulgado comunicado conjunto e o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Pereira, comentará o tema."É um tema bastante recente, mas que está no radar dos Bancos Centrais", afirmou Tombini, sobre a expansão monetária japonesa.