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Não há por que não sacar recursos do FMI, diz Palocci

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou que o País provavelmente irá sacar os US$ 9 bilhões da próxima parcela do empréstimo concedido pelo FMI. "Não há por que não fazê-lo", disse ele. Segundo o ministro, que esteve reunido hoje com a equipe do FMI, a terceira revisão é importante porque o acordo é de grande porte e um dos maiores que o Fundo tem no mundo. "O relacionamento com o FMI é extremamente positivo. Não estamos nos prendendo em coisas de varejo, mas em grandes projetos", afirmou. Segundo Palocci, a exposição que os técnicos do governo farão sobre o andamento das reformas tributária e previdenciária será suficiente para que o Fundo dê continuidade formal ao programa firmado com o Brasil. Palocci disse ainda que não foi discutida com os técnicos do FMI nenhuma questão específica em relação ao dólar. "Discutimos metas e reformas." Ele disse que até o momento o governo brasileiro não sabe como o FMI está percebendo as propostas feitas pelo governo. "De fato, está claro para todos que os compromissos do presidente Lula em relação às reformas estão todos sendo feitos de maneira ordenada e até em prazos mais curtos do que o previsto", afirmou. Em relação à melhoria dos indicadores econômicos brasileiros, o ministro disse acreditar que o Fundo vê "com bons olhos" esse movimento. "Todo mundo que torce a favor do Brasil, e tenho certeza que o Fundo torce e suas autoridades também, só pode ver com bons olhos as melhorias dos nossos indicadores." Meirelles O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje que as expectativas em relação à visita da missão técnica do FMI ao Brasil para fazer a terceira revisão do acordo são positivas. "O Brasil, do ponto de vista do acordo, está além das metas estabelecidas com o FMI", afirmou. Sobre o saque dos US$ 9 bilhões que serão disponibilizados a partir de junho, o presidente do BC disse que a decisão será tomada no momento adequado, mas que não iria antecipar a iniciativa. Para Meirelles, o saque dos recursos do FMI não é necessário, mas daria maior segurança e tranqüilidade ao mercado.

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