PUBLICIDADE

Publicidade

Não há razão para Brasil não crescer 5% ao ano, diz Delfim

O deputado defendeu ainda a autonomia do Banco Central

Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado Antônio Delfim Netto (PMDB-SP) afirmou nesta segunda-feira que o Brasil pode, sim, crescer 5% ou mesmo 6% como vem prometendo o governo para o próximo mandato. "Não há nenhuma razão para que isso não aconteça, desde que o Brasil saiba o que vai fazer. Essa idéia de que o Brasil não pode crescer mais que 3% é que deixou o Brasil em 3%", afirmou em entrevista ao Broadcast Ao Vivo. Delfim defendeu ainda a autonomia do Banco Central ao comentar a possibilidade de que o banco volte a ser subordinado ao Ministério da Fazenda. "O Banco Central tem que ser autônomo. Essa é única maneira de se exercitar a política de metas inflacionárias, que é um enorme avanço sobre os métodos anteriores de controle da economia". O deputado também se mostrou contrário à fixação de uma meta de crescimento juntamente com uma meta de inflação. "É muito pouco provável que a gente possa fixar uma meta de crescimento e uma meta de inflação. Isso é uma impossibilidade lógica", argumentou. Segundo Delfim, a partir da fixação das despesas de custeio e do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), poderá haver uma sobra para que reduza a carga tributária e para que existam as condições necessárias para queda dos juros reais. Ele chamou ainda a atenção para a necessidade de usar parte dessa sobra para os investimentos públicos. "O investimento público é fundamental para o aproveitamento do investimento privado." Delfim Netto disse ainda que as condições de governabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo mandato serão as mesmas que no primeiro. "Esse negócio de governabilidade é coisa para politicólogo, que nunca freqüentou o Congresso, que não sabe como funciona", criticou. O deputado, que não se reelegeu e encerra seu mandato em dois meses, mais uma vez evitou falar sobre os rumores de que poderia ocupar algum cargo no segundo mandato de Lula. "Pergunta para mim se eu quero ir para a Lua. Se você me der um foguete eu vou."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.