PUBLICIDADE

Não há risco de racionamento de energia no País, diz Zimmermann

'Fazer racionamento sem necessidade cria uma consequência de PIB que se reflete na sociedade pesadamente', disse o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia

Por Antonio Pita e
Atualização:

RIO - O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, descartou risco de racionamento no País, apesar dos baixos níveis de reservatórios. Segundo ele, o "sistema está equilibrado" e as decisões sobre racionamento são tomadas pela "expertise técnica" do setor. 

PUBLICIDADE

"Fazer racionamento sem necessidade cria uma consequência de PIB que se reflete na sociedade pesadamente. Não fazer racionamento, havendo necessidade, também cria impacto. A posição mais correta que tem sido adotada é em cima da técnica e expertise das áreas de operação", afirmou Zimmermann, durante seminário realizado na cidade do Rio de Janeiro. 

O secretário-executivo também garantiu que o sistema de abastecimento energético está equilibrado. "Em 2001, não estávamos equilibrado, o que nos levou ao racionamento. Faltou usina, faltou reservatório. Hoje não temos essa situação, o sistema está equilibrado estruturalmente". 

Zimmermann avaliou ainda que a perspectiva é de melhora no sistema com a entrada em operação de novos sistemas na amazônia. "O setor elétrico tentou fazer Belo Monte, mas não conseguia. Quando você tem visão estratégica e olha na frente e vê que o Pais precisa, você consegue investir nisso, sem canibalizar nenhum inventário da região", afirmou.

Déficit.  Zimmermman afirmou hoje que "houve melhora" no risco de déficit de abastecimento de energia no País frente aos últimos números divulgados pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Os últimos dados, de maio, indicavam que o risco era de 3,7% nas regiões Sudeste e Nordeste.

"Houve melhora e nós vamos apresentar os resultados na próxima reunião do Comitê, na próxima semana", afirmou Zimmermman. Em sua palestra, Zimmermman reafirmou os números apresentados em maio, indicando risco de 3,7% de déficit, para a série histórica com 81 análises. Na série histórica mais detalhada, com mais de 2 mil séries, o índice registrado pelo governo é de 6,7% de risco de déficit. 

Apesar da melhora, segundo Zimmermman, não há previsão de desligamento de térmicas. "Vamos analisar os índices, mas não há indicação para desligamento", afirmou.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.