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''Não queremos demissões, mas somos obrigados a pensar''

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Por Márcia De Chiara
Atualização:

O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, vê indícios de melhora no mercado internacional, mas enquanto os sinais não ficam nítidos, a CSN está transformando toda a matéria-prima em produto acabado e postergando as demissões. "Não queremos demissões, mas somos obrigados a pensar." A seguir, trechos da entrevista. O senhor alterou a produção? Ainda não reduzimos a produção. O mercado ficou mais fraco. Agora existe uma convergência: dezembro é fraco e a perspectiva da crise é grande. Como o Brasil está atrasado nos efeitos da crise, sentiu o impacto agora. Qualquer decisão tomada hoje seria precipitada porque o quadro pode melhorar em janeiro e a atividade retomar devagarinho. É claro que não será no embalo que vinha. Mas, se não houver a parada que houve lá fora, se tivermos uma diminuição lenta e progressiva, talvez a crise não seja tão longa. Vamos nos fingir de mortos até dezembro. Atualmente estamos "comendo" todas as matérias-primas e transformando-as em aço. As compras de insumos estão suspensas desde novembro. Há algum indício de melhora? O preço da sucata subiu muito de US$ 120 para US$ 180 a tonelada nos últimos dez dias, que é uma sinalização importante. A cotação da sucata é a primeira que cai e a primeira que se recupera. Temos notícias que a China começa a voltar ao ritmo de produção e está demandando mais minério de ferro. Se a China melhorar, melhora o mundo inteiro. Não quero ser otimista, mas não quero ser pessimista. Os indícios são de melhora concreta, não é torcida. Demissão nem pensar? Não queremos demissões, mas somos obrigados a pensar.

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