16 de janeiro de 2016 | 18h07
O governo acredita que pode licitar oito estradas neste ano, mas a única dada como certa pelo mercado, até agora, é a chamada Rodovia do Frango, que tem, na avaliação dos investidores, bom potencial de retorno e um projeto redondinho. Em favor das rodovias, Maurício Muniz, do Planejamento, argumenta que o mercado se movimentou: 341 empresas pediram para fazer estudos de 11 trechos, 275 foram autorizados e o governo espera receber três ou quatro projetos até o fim de janeiro.
Muniz também destaca que o governo reviu algumas exigências para atender aos investidores. Como a maioria questiona que os novos trechos têm fluxo inferior ao das concessões anteriores, não será preciso duplicar toda a concessão em cinco anos. Só a partir de um determinado volume haverá expansão – institui-se, como se diz no jargão do setor, um gatilho. “Achamos que essa mudança gera uma atratividade maior, pois a exigência de capital será menor”, diz ele.
Haverá um tratamento especial principalmente em relação à concessão de quase mil quilômetros da BR-163, entre Sinop e o Porto de Miritituba, no Pará. Quem arrematar terá apenas de asfaltar 100 km de pista simples, não haverá exigência de duplicação e o prazo da concessão será de entre 10 ou 15 anos. As condições mais leves levam em consideração que o governo quer licitar a concessão do chamado Ferrogrão, ferrovia paralela a esse trecho da rodovia que, ao ser concluída, tende a concentrar o transporte de grãos na região.
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