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Nasdaq e petróleo afetam mercados

A semana cheia de feriados esfria os negócios no Brasil. Empresas dos EUA estão divulgando resultados, causando oscilações. Conflitos no Oriente Médio também estão pressionando os preços do petróleo. A reação nos mercados foi pessimista.

Por Agencia Estado
Atualização:

Conforme previsto, a semana não tem perspectivas de grandes volumes de negócios. Isso se deve aos feriados de ontem, de Dia de Colombo nos Estados Unidos e Yom Kippur, comemorado pelas comunidades judaicas do mundo inteiro. O feriado de quinta-feira, no Brasil, de Nossa Senhora da Aparecida, ajuda a esfriar os negócios, que têm apresentado volumes baixos. No exterior, porém, a tensão é grande. Por um lado, grandes empresas norte-americanas estão divulgando seus balanços trimestrais, o que tem causado grandes oscilações, em especial na Nasdaq- bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York. A redução nas taxas de crescimento da economia norte-americana estão afetando os lucros. O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 0,42%, e a Nasdaq fechou em queda de 3,43%. Além disso, a escalada dos conflitos entre palestinos e israelenses aumentou a pressão sobre os preços do petróleo. Os demais países árabes estão solidários aos palestinos e a Arábia Saudita já declarou que não reagirá passivamente se as agressões se estenderem ao Líbano e à Síria. Vários outros países do Oriente Médio estão manifestando, de várias maneiras, apoio aos palestinos e árabes israelenses, aumentando a tensão na região. Com isso, os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em novembro fecharam em alta de 1,09% em Londres, a US$ 31,85 por barril. Cenário interno é favorável e estável O cenário interno, porém, continua favorável e estável, em contradição com as influências do exterior. Mesmo assim, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem apresentado baixo volume de negócios e quedas seguidas desde quinta-feira da semana passada. Hoje, fechou em queda de 0,68%. Nos dias 17 e 18, o Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se para decidir sobre a política de juros do governo. Atualmente, a Selic, taxa básica referencial da economia está fixada em 16,5% ao ano, mas existe a possibilidade de que ela caia até meio ponto porcentual, de acordo com previsões de analistas. As taxas de juros anuais já estão muito próximas da Selic, que é uma taxa de overnight, indicando que muitos apostam na queda. Mas a variável mais importante na análise, segundo o próprio Copom, é o preço do petróleo. Com os acontecimentos recentes, as expectativas do mercado são cada vez mais incertas. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 16,990% ao ano, frente a 16,980 % ao ano ontem. E o dólar continua bastante estável, flutuando em função dos preços do petróleo e sustentado pelo fluxo cambial, em especial, de investimentos estrangeiros diretos. A moeda norte-americana fechou hoje em R$ 1,8570, com alta de 0,16%, com poucas oscilações ao longo do dia.

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