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Nasha compra Phytoervas da Procter & Gamble

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de uma primeira rodada fracassada no primeiro semestre do ano, a Procter & Gamble (P&G) conseguiu fechar a venda da divisão Phytoervas, com um mix de 70 xampus e condicionadores para cabelos, além de cremes hidratantes para o corpo e desodorantes. O valor mínimo do negócio, na primeira tentativa, era de R$ 7 milhões. Embora a oferta tenha atraído interessados como a paulistana Ecologie, a mineira Unisoap e a antiga proprietária da marca, Cristiana Arcangeli, o valor foi considerado alto pelos pretendentes. Desta vez, a negociação sigilosa da P&G com a Nasha International Cosméticos, de Taboão da Serra (Grande SP), deu certo. Foi fechada na última terça-feira, por valor não revelado. Apesar do nome estrangeiro, a Nasha é uma companhia de capital 100% nacional, limitada e controlada por dois sócios. O diretor-superintendente da empresa, José Ricardo Calil, afirma que a aquisição aumentará o portfólio atual de 150 itens das marcas Elke (maquiagem) e Giovanna Baby, para 220 produtos. A Phytoervas, que continuará com o mesmo nome, deverá agregar entre 28% e 30% no primeiro ano de vendas (outubro de 2002 a setembro de 2003), ao faturamento da nova detentora. O licenciamento para produzir a linha Giovanna Baby, adquirido em julho de 2001, rendeu incremento de 35% sobre as vendas da empresa, em um ano. Para manter a linha de produtos para cabelos da Phytoervas em um segmento onde a concorrência é acirradíssima, a Nasha pretende investir 10% ou mais do faturamento bruto anual da marca em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Para se ter idéia da força dessa ofensiva em produtos para cabelos, na linha Elke são investidos 4% e na Giovanna Baby, 4%, em P&D. José Ricardo Calil não diz quais serão os produtos novos, mas garante que a empresa não vai anexar colorantes para cabelos e xampus tonalizantes na linha Phytoervas. "Vamos avaliar o que foi feito e o que existe, para depois atacar fortemente com produtos para o nosso público-alvo", revela Calil. Embora executivos do segmento químico de cosméticos digam que a Phytoervas foi preterida pela P&G desde a sua aquisição no final de 2001, Calil assegura que a Phytoervas continua uma marca Premium no mercado de xampus e condicionadores e não perdeu mercado, enquanto esteve sob domínio da P&G. "Tanto é que, dentro de 30 a 40 dias, acontecerão promoções no varejo com a marca que haviam sido planejadas pela P&G", assinala. A Nasha prepara investimentos em P&D, marketing e produção da marca adquirida, mas não revela o montante. A produção da linha Phytoervas continuará terceirizada à Totalpack, durante os próximos três meses. Depois, começará a migrar para a Nasha, que reativará as máquinas produtoras das marcas de xampus e condicionadores Fresh Fruit e Herbal Fresh, retiradas do mercado há cerca de oito anos. "À época, a indústria preferiu focar a atividade em maquiagem por questão estratégica", explica o executivo. A empresa não informa qual será a capacidade instalada da produção própria. Mas a certeza é que terá que ser ampliada e, para isso, há investimentos previstos, mas não são divulgados. A Nasha deverá ir às compras novamente dentro de um ano e meio, em busca de negócios que agreguem produtos diferentes para o complemento de suas linhas. Na lista de compras poderão figurar produtos para a pele, infantis e para proteção solar. "Se não houver oferta ou o negócio não for favorável, então criaremos nossos próprios itens dentro das marcas afins", antecipa José Ricardo Calil.

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