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Natal: cuidado com compras pela Internet

Em moda no País, a compra pela Internet exige alguns cuidados para evitar surpresas desagradáveis. Confira as dicas do Procon e conheça as principais regras da Receita Federal na hora de comprar pela rede.

Por Agencia Estado
Atualização:

Ao escolher os presentes de Natal, o consumidor deve tomar alguns cuidados para que as compras não se transformem em dor de cabeça. Planejar os gastos, checar a qualidade dos produtos e comprar em empresas estabelecidas são algumas das recomendações do Procon para que o consumidor não saia prejudicado nas compras de Natal. A Internet é uma boa opção para quem deseja comprar de maneira cômoda e prática. Entretanto, é preciso tomar alguns cuidados. Em primeiro lugar, o comprador deve ter confiança no site em que for realizar suas compras. Para isso, é preciso ler a política de privacidade da empresa e checar se a mesma opera em ambiente de segurança. Isso porque, para adquirir produtos, será necessário informar dados pessoais como endereço e número do cartão de crédito. Pesquisa de preços O segundo passo é pesquisar preços, como numa compra convencional. Só que, nessa conta, não se pode esquecer de considerar o custo das taxas de entrega e fretes, pois, muitas vezes, esses adicionais acabam encarecendo o produto. No caso de artigos importados, também é preciso contabilizar o imposto de importação. Os técnicos do Procon lembram que, ao ter problemas com artigos adquiridos on-line, o consumidor precisa resolvê-los primeiramente com a empresa. Por isso, é importante anotar o endereço físico da loja, imprimir o formulário do pedido, solicitar a emissão da nota fiscal e exigir a mesma ao receber a mercadoria. Assim que a mercadoria chegar, é essencial verificar o estado da mesma e confirmar se está de acordo com o que foi anunciado e com o pedido do cliente. Se houver alguma irregularidade, o produto deve ser devolvido e, o consumidor, ressarcido imediatamente. Como nesta época do ano o volume de vendas aumenta por causa do Natal, é recomendável que se exija o comprovante do prazo de entrega prometido. Dessa forma, o consumidor evita que os presentes cheguem atrasados para a ceia natalina. Sites internacionais Outro alerta do Procon está relacionado às compras em sites internacionais. Uma mercadoria vinda do exterior pode ficar presa no Correio ou não ser entregue ao consumidor se o produto tiver mais de 20 Kg ou for um alimento não industrializado. Também é bom não adquirir produtos iguais em muita quantidade. "Deve estar claro que os objetos são para uso pessoal. Caso fique caracterizado destino comercial, o consumidor terá dificuldade em liberar os produtos porque essa prática é proibida", diz Luiz Monteiro, assessor da Receita Federal. Para evitar esse tipo de situação, é bom dar preferência a sites que ofereçam informações detalhadas sobre o produto, como especificações, marcas, cores e tamanhos disponíveis. Segundo a Receita, o imposto sobre importações tem alíquota única de 60% sobre o valor do produto quando o mesmo custa até US$ 3 mil e possui menos de 20 Kg. Felizmente, livros e medicamentos estão isentos de tributação. O pagamento pode ser feito no próprio Correio, com a apresentação dos comprovantes da compra. Produtos importados Independentemente de a compra ter sido feita via Internet, é bom observar alguns cuidados ao adquirir produtos importados. O diretor da Associação dos Direitos Financeiros do Consumidor (Pro-Consumer), Fernando Escalzilli, recomenda que o consumidor opte por produtos nacionais quando constatar que a qualidade e o preço das opções importadas e nacionais forem semelhantes. Isso porque o acesso à assistência técnica é mais fácil no caso dos artigos nacionais. Ao contrário do que acontece com um carro importado, trocar peças de um automóvel fabricado no Brasil é muito mais simples, uma vez que há diversas concessionárias e autorizadas disponíveis. "Isso não acontece só com carros. Como todo produto, os importados também estão sujeitos a ter defeitos ou quebrar. O problema é que, nesse caso, vai ser muito mais difícil encontrar as peças necessárias", diz Escalzilli.

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