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Natura prioriza descentralização logística em 2010

Por VIVIAN PEREIRA
Atualização:

Os investimentos anunciados pela Natura para este ano, da ordem de 250 milhões de reais, serão destinados principalmente à descentralização de sua estrutura de distribuição. "O modelo logístico criado em 2000, centralizado em Cajamar (SP), hoje não funciona mais", disse o diretor-presidente da companhia, Alessandro Carlucci, nesta quinta-feira. Na noite de quarta-feira, a empresa de cosméticos anunciou que ampliará o investimento em 2010 em 110 milhões de reais em relação ao realizado em 2009. O novo modelo de distribuição da companhia, no entanto, ainda é incerto. Segundo Carlucci, a Natura vem desenvolvendo, desde o final de 2009, uma revisão de sua atual estrutura logística, considerando os aspectos fabril e de distribuição. A análise deve ser concluída em cerca de três meses. "O estudo vai revelar qual a melhor alternativa para a empresa, considerando sua atuação em território nacional e na América Latina", afirmou. O executivo ressaltou, contudo, que a estratégia não deve incluir a construção de fábricas ou galpões pela companhia. Ele afirmou ainda que, embora o foco para este ano esteja voltado ao aperfeiçoamento da malha logística da empresa, parte dos recursos anunciados será destinada ao aumento da capacidade produtiva. MARKETING Além dos 250 milhões de reais programados para este ano, a Natura conta com uma sobra de 196 milhões previstos para a área de marketing --do total de 400 milhões de reais anunciados em 2009. De acordo com Carlucci, o valor será usado "conforme a necessidade". "Estamos mais preocupados com a estratégia (de marketing) do que com o número e não temos um compromisso fixo de terminar esse valor", disse, acrescentando que os investimentos em marketing acompanharão os movimentos do mercado. Na quarta-feira, a Natura reportou uma alta de 34,7 por cento no seu lucro líquido do último trimestre de 2009 ante igual período de 2008, para 186,6 milhões de reais. As ações da Natura exibiam queda de 1,80 por cento, a 33,78 reais, às 15h18 (horário de Brasília). O Ibovespa cedia 0,75 por cento.

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